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Julgamento de Alessandro Meneghel deve durar dois dias

Justiça negou nesta segunda-feira (20) tentativa de adiar júri pela defesa


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Às vésperas do julgamento, a defesa de Alessandro Meneghel tentava adiar mais uma vez a apreciação do inquérito em que o ruralista é réu confesso na morte do policial federal Alexandre Drummond Barbosa no dia 14 de abril de 2012. O júri popular que irá definir o futuro de Meneghel permanece marcado para terça-feira (21), no Tribunal do Júri em Curitiba, às 9h. Nesta segunda-feira (20), o juiz Thiago Flôres Carvalho, que vai presidir o julgamento, negou a solicitação do advogado Cláudio Dalledonne Júnior que requereu mais tempo para análise de vídeos e provas testemunhais onde ele tenta provar legítima defesa por parte do réu - Alessandro Meneghel -. Ele alega fórmulas "matemáticas e/ou físicas, que necessitam ser analisadas com a devida antecedência", argumentando que para compreensão dos vídeos há necessidade de, pelo menos, 15 (quinze) dias úteis". Em março do ano passado o julgamento de Alessandro Meneghel foi suspenso após discussão entre o advogado e os promotores de acusação. Faltava pouco para a sentença quando Dalledonne deixou o tribunal. O advogado ficou indignado quando o assistente de acusação, o promotor Lucas Cavini Leonardi, apresentou a lista com os antecedentes criminais de Alessandro Meneghel, de 49 páginas. A tentativa de suspender o conselho de sentença foi negada pelo juiz. O advogado deixou o plenário e a sessão teve que ser cancelada. Julgamento O futuro de Meneghel será decidido por sete pessoas escolhidas como jurados após sorteio. O ruralista responde pelo crime de homicídio qualificado e atualmente cumpre prisão domiciliar. A previsão é de que o julgamento deve durar dois dias, de acordo com a promotoria. Os jurados são indicados por autoridades, associações e instituições de ensino. Da lista de 50 pessoas, sete jurados serão escolhidos via sorteio. Para participar do julgamento, eles precisam ser maiores de 18 anos e não podem ter antecedentes criminais. A plateia será aberta ao público e tem capacidade de 372 lugares. Treze pessoas devem prestar depoimento como testemunhas no caso, tanto de acusação quanto de defesa. Durante o processo elas são recolhidas em um lugar onde não consigam ouvir os outros depoimentos. Encerrada a fase de testemunhas, começa o interrogatório do réu. Logo em seguida começam os debates entre acusação e defesa. Se o advogado de Meneghel pedir a réplica, de uma hora, a defesa poderá fazer a tréplica. Após decisão final dos jurados, o juiz escolhe a pena com base no Código Penal, se houver condenação. Se houver absolvição, os réus deixam o tribunal livre, se não estiverem presos por outro crime. A sessão é encerrada após a leitura da sentença a todos os presentes no Tribunal do Júri. Por último, os votos dos jurados são contabilizados pelo juiz, que no plenário dá o veredicto em público, estipula a pena e encerra o julgamento.

Redação Catve.com

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