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Ex-diretor de pavimentação de Foz do Iguaçu confirma conteúdo de delação à CPI

Ele é acusado de participar de esquema de corrupção e fraude na prefeitura.


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O ex-diretor de pavimentação da Secretaria de Obras de Foz do Iguaçu, Aires Silva, decidiu ficar calado durante o depoimento que deveria prestar nesta segunda-feira (27) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Operação Pecúlio na Câmara de Vereadores em Foz do Iguaçu. A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal- MPF e que culminou na operação Pecúlio da Polícia Federal de Foz do Iguaçu. Aires Silva, que estava detido na carceragem da Penitenciária Estadual e que foi colocado em liberdade após prestar um acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Federal. Durante o depoimento à CPI ele apenas ratificou todo o depoimento prestado ao MPF, mas não quis mencionar detalhes aos integrantes da comissão por entender que todo o depoimento prestado até então era suficiente para colaborar com os trabalhos dos vereadores. Orientado pelo advogado, Aires Silva, permaneceu calado e não respondeu a algumas perguntas feitas pelos integrantes da comissão. "Entendemos que o depoimento do meu cliente já é o suficiente para subsidiar o trabalho desta comissão parlamentar de inquérito. Nada impede dele retornar para prestar esclarecimentos, porém, antes eu gostaria de tirar algumas dúvidas com a promotoria federal, por entender que a delação premiada dele, caso ele relate algo que não esteja em seu depoimento oficial, poderá comprometer os trabalhos", ressaltou o advogado de defesa, Fernando César Resta Antunes. Todo o depoimento prestado por Aires ao Ministério Público Federal foi lido, na íntegra, pelo vereador Nilton Bobato (PC do B) e foi ratificado por Aires Silva. "Desta forma, se preciso for convocaremos o senhor Aires a prestar novos esclarecimentos. Mas o depoimento dele, por si só, acredito eu ser o suficiente para darmos continuidade aos trabalhos e prepararmos o relatório preliminar das oitivas realizadas até agora. Uma vez que ele ratificou todo o depoimento, esta CPI considera os fatos legítimos para fim de investigação e dentro em breve estaremos levando ao conhecimento do plenário o nosso trabalho e conclusão da primeira etapa", relatou Dilto Vitorassi (PV), presidente da CPI. Nesta terça-feira, 28, deverá ser conduzido pela Polícia Federal para prestar depoimento o ex-diretor de obras e pavimentação, Girnei de Azevedo, convocado para depor no último dia 22 e que foi detido no dia, prejudicando o depoimento dele à CPI. Girnei teve o depoimento reagendado e a Delegacia da Polícia Federal foi oficializada sobre o pedido de condução do réu as dependências ao Legislativo. Além de Girnei de Azevedo, já estão agendados os depoimentos de Jefferson dos Santos Becker, marcado para acontecer no próximo dia 29 de junho, às 9h30. Becker já prestou esclarecimentos à CPI e agora retorna ao plenário. Seguido de Jefferson Becker, a CPI anunciou também o depoimento do empresário Sandro Hideo Saito, que chegou a ser preso temporariamente na primeira etapa da Operação Pecúlio. Saito também será ouvido no dia 29, às 11h30. A novidade dos trabalhos é a tomada depoimento do ex-secretário de Tecnologia da Informação, Melquizedeque Souza e do empresário Euclides de Moraes Barros Júnior. Ambos prestarão esclarecimentos a Comissão Parlamentar de Inquérito no próximo dia 30 de junho a partir das 9h. O delegado Fábio Tamura já foi oficializado sobre as oitivas. A Comissão ainda irá definir o reagendamento do depoimento do ex-secretário de Obras e ex-diretor superintendente do Foztrans, Carlos Juliano Budel.

com assessoria

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