O sentimento dos acampados é de apreensão. Oficiais de justiça compareceram no acampamento Primeiros Passos na última semana, mas o documento de reintegração não foi assinado pelos líderes. A ordem, que oficializada no dia 16 de julho, pelo juiz Eduardo Coimbra Campos da 2ª Vara Cível de Cascavel.
A ação determina que a posse da área ocupada da Fazenda Bom Sucesso seja retomada pelo proprietário. O local fica entre Cascavel e Corbélia na BR 369. O coordenador, ao discutir sobre o assunto apresenta uma fala ansiosa, mas acredita que a ação não vai surtir efeitos.
De acordo com ele, o grupo não rejeita a ideia de sair do local, desde que seja definido um novo espaço para as famílias morarem. Mas é aí que está o problema, segundo o líder, eles receberam diversas promessas do Incra e do governo do estado, mas nada foi definido.
Há três anos eles chegaram a parar de plantar na terra ocupada. A expectativa de se mudar para outro lugar, o que foi prometido pelo estado, mas a mudança nunca aconteceu.
Cerca de 120 famílias fazem parte do acampamento Primeiros Passos. Os integrantes vivem uma cultura de subsistência, plantam mandioca e aveia em uma área de aproximadamente 50 alqueires. A população reclama das condições e acredita que se houvesse um novo local definido eles aceitariam uma mudança.
Lucinda mora há nove anos no local, ela afirma que o perigo de viver no acampamento é constante porque os pequenos barracos ficam bem próximos da rodovia e assim como o líder, ela espera por um novo local.
Em contato com o advogado do proprietário da fazenda, foi afirmado que o prazo para a reintegração de posses seja efetivada é de cinco dias após a oficialização do documento. Segundo ele também, houve uma reintegração cerca de dois anos atrás, os moradores passaram viver em frente a fazenda, mas ocuparam o local novamente.
Jornal da Catve
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