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Presos do Paraná terão testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites

Os testes deverão começar em Curitiba depois em todo Paraná


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A população carcerária do Paraná passa a contar com testes rápidos para detecção do HIV, sífilis e hepatites virais. Para a realização dos exames, 10 servidores da área da saúde do Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen) foram capacitados nesta quinta-feira (24) para fazer o diagnóstico primário nas penitenciárias, que são de responsabilidade da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. Inicialmente, sete unidades penais da Região Metropolitana de Curitiba serão beneficiadas pela iniciativa do Programa de Desenvolvimento Integrado, do Depen, em parceria com a Divisão de DST/AIDS e Hepatites Virais e, ainda, com a 2º Regional da Secretaria de Estado da Saúde. Ainda para 2014 estão previstas capacitações para os servidores da saúde das cidades do interior do Paraná. O Teste Rápido é uma tecnologia disponibilizada pelo Ministério da Saúde. No caso de um diagnóstico ser categorizado como positivo, uma amostra de sangue do paciente é coletada e enviada ao Laboratório de Análises Clínicas do Complexo Médico Penal para exame diagnóstico secundário. Desta forma, a área da saúde do Depen ganha eficiência, já que as próprias unidades penais terão competência para realizar o primeiro diagnóstico, reduzindo custos com transporte e armazenamento de amostras. Uma das vantagens é a otimização dos fluxos de trabalho do Laboratório do Complexo Médico Penal. A responsável pelo programa de Saúde do Depen e coordenadora da capacitação, Renata Torres, pondera que a população privada de liberdade é um grupo vulnerável para algumas doenças infectocontagiosas. Por isso, a promoção da atenção à saúde dos detentos é muito importante para a garantia da cidadania e dos direitos humanos. Para Brigita Sutil Kisner, enfermeira da Penitenciária Estadual de Piraquara I, a capacitação é importante porque possibilita levar esse conhecimento para os técnicos que trabalham com ela e para a unidade prisional, com a vantagem de identificar esse paciente soropositivo o mais rápido possível. ?Assim, é possível providenciar o tratamento adequado e evitar a contaminação de outras pessoas?, disse. Brigita acrescentou que a capacitação também preparou os profissionais para informar ao preso sobre a doença. Todo o tratamento, quando necessário, é fornecido pela Secretaria da Justiça e aplicado ao preso na própria unidade prisional, salvo em casos mais graves, em que o detento é encaminhado ao Complexo Médico Penal. TECNOLOGIA - A Coordenadora da Capacitação do Depen explica que o Ministério da Saúde prioriza o teste rápido, tecnologia nova que fornece o primeiro diagnóstico em 20 minutos. ?Para o teste, preso é chamado ao ambulatório, sem a necessidade de deslocá-lo para fora da unidade. Não é preciso coletar o sangue dele, armazenar e levar até o laboratório, que fica em outro local. A gente consegue eliminar várias etapas?, explica. Se o diagnóstico do teste for positivo, uma mostra de sangue será, então, coletada e enviada para o laboratório?. ESTRUTURA - Cada penitenciária tem um ambulatório, como se fosse um pequeno posto de saúde, e as equipes começam a ser capacitadas para usar essa nova tecnologia. ?Hoje, os profissionais foram capacitados para utilizar os testes rápidos, que são para HIV, sífilis e hepatites virais B e C. Trata-se de um kit muito semelhante ao utilizado para medir a glicose, com uma agulhinha que vai tirar uma gota de sangue. Depois, o sangue é passado nos reagentes e assim é obtido o resultado positivo ou negativo?, explica Renata Torres. Ele reforça que a população privada de liberdade é extremamente vulnerável. Por isso, o HIV está sendo combatido como um risco à saúde coletiva. ?Temos que olhar para a população que ainda tem uma alta prevalência. Por isso é extremamente importante esse combate dentro das penitenciárias?, conclui Renata.

A.E Notícias

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