Professores da rede pública paralisam atividades nesta quarta-feira

Não tem mais volta. Professores e funcionários da Rede Estadual bem que tentaram negociar com o Governo, mas sem acordo a decisão não poderia ser outra, a greve. Cerca de 100 mil profissionais da educação de mais de 2 mil escolas da rede pública do Paraná vão paralisar. De acordo com o presidente da APP Sindicato de Cascavel, professor Paulino, já está em 95%. "O governo tem condições de nos atender, não estamos pedindo nada que seja ilegal, e sim o que está dentro da lei". A pauta de reivindicações é extensão, com mais de 50 itens, mas alguns se destacam e são velhos pedidos, como o cumprimento da lei nacional do piso, o reajuste salarial para este ano de 10,6% e de 33% de hora atividade. E ainda R$ 100 milhões de avanços e progressões que não foram pagos pelo governo. "Foi implantado a partir da data de agosto de 2013, mas nós temos desde a data o atraso para recebimento". Fora o acúmulo de funções que tem sobrecarregado os funcionários. "Alguém tem uma receita médica, quem fica tem que dar conta para suprir a ausência de quem sai". Preocupação para os estudantes que já imaginam prejuízos no ano letivo. "Os professores não querem que aconteça greve, mas é necessário muitas vezes. E nós alunos também não estamos contentes com isso, pois vai prejudicar o nosso estudo". A greve será por tempo indeterminado, mas os 200 dias letivos de um jeito ou de outro terão que ser cumpridos, nem que para isso as aulas sejam repostas nos fins de semana e em feriados. "Nós não gostaríamos de estar pensando na reposição. Nosso principal objetivo é que o governo atenda a nossa pauta, e que os alunos tenham os dias letivos garantidos". Aqui em Cascavel os professores e funcionários irão se mobilizar em frente a Catedral a partir das 9h30 desta quarta-feira (23).

Jornal Catve 2ª edição