Acidentes de trânsito refletem na saúde e nos processos judiciais em Cascavel

Nas ruas de Cascavel o trânsito continua desafiador. Mesmo com todo trabalho de fiscalização os números elevados se mantém. Em 2015 foram registrados 3.658 acidentes com 21 óbitos. Em 2016 a estatística subiu para 3.730 acidentes com 26 mortes. Ano passado os dados reduziram um pouco: 3.624 acidentes e novamente 21 pessoas perderam a vida no trânsito. Só neste ano, até fevereiro, já são 492 registros com quatro óbitos. Fazendo uma projeção com esses números 2018 fecharia com quase três mil batidas, se os motoristas não pisarem no freio. Só no encontro das Ruas Presidente Kennedy e Marechal Rondon foram 19 acidentes. Um radar fixo foi instalado no local para acabar com o excesso de velocidade por aqui. Nesse ranking o cruzamento das ruas Afonso Pena e Avenida Brasil aparece em segundo lugar com 17. Presidente Kennedy com Jorge Lacerda, Cuaibá com Carlos Gomes e Tancredo Neves com Assunção foram 13. Além do excesso de velocidade a combinação álcool-direção é outro problema que parece sem solução. Ano passado 213 motoristas foram flagrados dirigindo após ingerir bebidas alcoólicas. 103 foram levados para prestar esclarecimentos na Delegacia. Neste ano já são 29 flagrantes, 14 encaminhados para a Delegacia. Enquanto isso, o número de processos de trânsito no Fórum de Cascavel só aumenta junto. Tanto que essa semana um mini mutirão com 200 audiências está sendo realizada para reduzir a pilha de documentos. Tudo isso tem um reflexo muito grande na saúde pública. Como a grande maioria dos acidentes envolve motocicletas, os traumas ou fraturas mais comuns são de pernas e braços, crânio e tórax em casos de queda. Fêmur e quadril em casos de choque. O atendimento é imediato, mas tem pacientes que ocupam vagas hospitalares por até duas semanas, desde a entrada até a alta. Estratégias para o Maio Amarelo já começaram a ser debatidas, mas a educação no trânsito se faz todo dia.

Jornal da Catve