Agricultores familiares estão preocupados com terceirização da merenda

A preocupação é a possibilidade da terceirização da merenda escolar pelo município de Cascavel. A Prefeitura confessa que está estudando a medida, tanto que no fim do mês passado uma comitiva dos conselhos municipais e da Secretaria de Educação visitou os municípios de Indaiatuba, São Paulo e Chapecó em Santa Catarina, onde uma mesma empresa é a responsável pelo serviço. Uma das viagens foi parcialmente custeada pela empresa. As visitas resultaram neste relatório que trás na conclusão os conselhos: "São expressamente contrários a qualquer tipo de terceirização". O relatório detalhado trás críticas aos produtos servidos às crianças, muitos ricos em conservantes, adoçantes, corantes e açúcar, o que já foi abolido em Cascavel devido as orientações nutricionais do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Nas fotos aparecem as canecas plásticas onde são servidas as bebidas, que já não são mais usadas em Cascavel devido ao risco de intoxicação. Bastante sujeira, paletes embolorados, carne gordurosa, frutas podres entre outros problemas. O relatório também cita as pendências judiciais da empresa na justiça e na comparação de custos, Chapecó que tem 10 mil alunos a menos que Cascavel tem o mesmo gasto com a terceirização. A preocupação dos produtores rurais é com a possível diminuição de demanda, caso o município terceirize a merenda. Hoje, 80% dos produtos servidos nas Escolas Municipais são da agricultura familiar. Nos municípios visitados esse percentual é de 30%, o mínimo definido por lei. Segundo o Vereador Paulo Porto, os rumores são fortes de que a terceirização deve acontecer, começando por uma experimentação em algumas escolas.

Jornal da Catve