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"Brasileiro não diferencia ladrão de galinha de serial killer", diz filósofo

Para Pondé presídios são verdadeiras escolas do crime


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A fala do filósofo Luiz Felipe Pondé chamou a atenção na última sexta-feira (13) ao comentar no Jornal da Cultura 2ª edição sobre o problema do crime no Brasil e como os presídios podem contribuir para o aumento da criminalidade. O filósofo ressaltou que o país é atrasado quando o assunto é discutir e determinar as punições para os diversos crimes. "No Brasil não se faz diferença entre ladrão de galinha e serial killer. Dependendo do tipo de crime que se comete você poderia receber outro tipo de punição, e isso não significa dizer que não recebe punição, as vezes a gente tem uma posição meio que imediatista no dia-a-dia, muitas vezes, você fica irritado e com razão. Achar que todo mundo tem que ir pra cadeia e não é assim que funciona, porque na realidade você enche a cadeia, então uma pessoa que é ladrão de galinha, ele entra na cadeia começa a conviver, tem que tomar uma decisão entrar para uma facção se não matam ele. Porque as facções funcionam como governo dentro da cadeia, se você não entra pra facção, você não é protegido. Então, a pessoa entra no crime quando na verdade a vontade dela talvez era recuperar-se, pois o momento da vida do preso era confuso. Jogam um usuário de droga na cadeia, ou precisa de algum tipo de procedimento, e lá você vira traficante, bandido, assaltante, assassino. Então isso é um assunto que ninguém de sã consciência neste país discorda: O sistema prisional é falido, ultrapassado. E essa coisa de ficar enchendo a cadeia de gente é um dos melhores modos de fazer com que as cadeia virem produção de crime" analisa o filósofo.

TV Cultura/Catve

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