Cotidiano

Situação precária de CMEIs põe crianças em risco

Até mesmo aranhas saem dos buracos da calçada


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São tantos os problemas do Cemei Stefani Galeski, que é fácil perder as contas ao falar de cada um deles. Podemos começar pela fiação elétrica, que já tem 28 anos, assim como o prédio. Cada vez que um professor precisa ligar o chuveiro vem o medo de se machucar, porque é comum levar choque. Aqui estão visíveis também rachaduras. Para fazer reuniões de rotina é preciso se acomodar sem conforto em qualquer canto. Não há nem mesmo uma sala para os professores ou mesa adequada. Eles ficam na recepção, onde são encontradas caixas amontoadas com brinquedos e atividades. Durante o dia quando chega a hora de dormir é preciso buscar os colchões no banheiro. É isso mesmo, o único canto encontrado para guardá-los. Mas se engana quem pensa que a falta de espaço é o principal problema. Esta vendo esses buracos na calçada? Daí saem aranhas. Este é o resultado de três semanas: uma tarântula e uma conhecida como marrom, que pode até mesmo levar a morte, 56 crianças diariamente correm risco. O único espaço para as crianças brincarem é divido com o cheiro de esgoto. O cheiro é sentido também do lado de dentro, nas salas de aula. O vereador Paulo Porto viu tudo isso de perto e fez um requerimento pedindo explicação da Secretaria de Educação. O que todos querem saber é porque nunca houve reforma neste prédio? Porque é tão precária e ninguém faz nada? De acordo com a diretora, existe promessa para a construção de um Cmei no bairro, mas a secretaria enviou uma nota dizendo que os quatro novos centros previstos para este ano, não serão feitos tão cedo. Dois seriam construídos com recursos do Governo do Estado, verba que nem mesmo foi liberada. Os outros dois são de responsabilidade do município, mas precisam passar por uma espécie de projeto, análise, enfim, burocracia que leva tempo. E enquanto essas 600 novas vagas não saem do papel, os pais ficam na fila da Defensoria Pública. Alguns estão até acampados. O seo Enio chegou na terça feria as 13h, montou a barraca e revessa a espera com o filho. Situação semelhante á outro pai, que também está aqui há 2 dias e espera de conseguir a vaga que tenta há 1 ano e meio.

Jornal Catve 1ª edição

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