Contrato para ampliação do CEEP encerrou e obra ainda está inacabada

Em um local improvisado, muitos equipamentos estão encaixotados e não é de hoje. Um deles, por exemplo, que deveria ser utilizado para atividades com concreto e solo, está guardado desde 2014. Os equipamentos vieram naquele ano para serem utilizados no curso técnico em edificações, em um laboratório que sequer foi concluído. O espaço faz parte da ampliação do Colégio Pedro Boaretto Neto, o CEEP. A obra começou no início de 2014 e deveria ter sido concluída em outubro do mesmo ano. Pelo menos foi com essa promessa que o colégio abriu vagas para o curso de edificações e desde aquele ano, a obra seguiu a passos lentos, realidade já mostrada pela Catve várias vezes. Os equipamentos não podem ser utilizados ainda porque a obra foi paralisada de vez. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, o contrato com a empresa que fazia a obra terminou e por isso a ampliação não pode continuar. A empresa também havia pedido aditivos, que foram negados pelo estado. Agora, a secretaria estuda se vai liberar a obra, mesmo não estando 100% concluída. Enquanto isso, a direção do colégio questiona a qualidade do serviço da construção, bancada com recursos federais e estaduais. Sem nova previsão para que a novela acabe, o jeito é esperar. Como não tem laboratório para quem curso o técnico em edificações, por exemplo, a escola encontrou outra alternativa: fazer uma parceria com as universidades da região, para que os alunos possam ter aulas práticas. O CEEP é a maior escola técnica do Paraná. Atende 2,5 mil alunos e com a ampliação poderia chegar a 3 mil. Mas enquanto o progresso não vem, 12 salas continuam inacabadas, delas, cinco precisaram ser usadas mesmo assim por falta de espaço. Ao todo, 18 laboratórios estão parados, de cursos que nem sequer começaram, como o curso técnico em móveis. Ele deveria ter sido aberto há dez nos, mesma idade das máquinas que chegaram e ficaram guardadas a espera dos alunos.

Jornal da Catve 2ª Edição