Jovens estão fora da sala de aula por falta de estrutura em colégio

Hum mil e quatrocentos alunos matriculados em um colégio que não tem capacidade física para tanta gente. A superlotação atinge principalmente as turmas do Ensino Médio. Cada sala tem 40 alunos, o que está comprometendo o aprendizado. "Eu senti bastante a superlotação, é só um professor dentro da sala, o conteúdo é mais difícil, alunos com dificuldade e acaba perdendo muito tempo". Problema que poderia ser ainda pior se toda a demanda da região fosse atendida. A lista de espera no colégio Pedro Canísio Heinz é suficiente para lotar mais 3 turmas. "Nós não temos capacidade, é um problema que já se arrasta há muitos anos, temos o pedido tramitando na Secretaria de Educação há mais de 6 anos e ainda não obtivemos uma resposta positiva". Parte dos alunos está frequentando as aulas em outros colégios da cidade, apesar da distância. No entanto alguns alunos estão fora das salas de aula porque a família não tem condições de pagar o transporte para outros bairros. "O Núcleo procura realocar esses alunos em outras escolas, mas todas as outras escolas no entorno do colégio Pedro Canísio não são tão próximas assim, pois estamos isolados pelas duas BRs, e isso dificulta bastante o acesso dos alunos as outras escolas e se torna bem perigoso". É fácil entender porque o colégio não dá conta da demanda. A região é formada por 6 bairros e tem aproximadamente 30 mil habitantes. O pedido de ampliação do colégio tem 6 anos e até hoje não foi liberado por falta de recursos. Seriam 3 salas de aula e uma sala multiuso que estão orçadas em R$ 880 mil. Sem solução definitiva o NRE já começa a planejar alternativas para o ano letivo de 2016. O município já comunicou que vai encaminhar 264 alunos para o sexto ano, o equivalente há 9 turmas. No entanto o colégio tem capacidade para apenas 8 turmas. A saída seria criar o transporte escolar urbano. "Nesses casos específicos havendo a necessidade teria que fazer esse transporte". A necessidade de um novo colégio para os bairros Cascavel Velho, Veneza e Presidente é urgente. O Estado já buscou terrenos na região, mas a iniciativa parou por aí, não há nem projetos para a obra.

Jornal Catve 2ª edição