A Operação Lava Jato agora tem mais duas denuncias. Desta vez, são 20 pessoas envolvidas por nove diferentes atos de corrupção, que teriam movimentado mais de R$ 13 milhões e 200 mil euros.
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou um esquema de 2004, descoberto na 27ª fase da Lava Jato. A investigação aponta que José Carlos Bumlai fez um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões no Banco Schahin e que, mais tarde, a instituição financeira foi favorecida em contratos com a Petrobrás.
O caminho de parte desse valor levou os investigadores a indiciar nove pessoas por lavagem de dinheiro. Entre elas, está o empresário Ronan Maria Pinto, que teria recebido esse montante como propina de representantes do PT (Partido dos Trabalhadores).
Chamou atenção dos investigadores que pessoas ligadas ao Mensalão, como Delubio Soares e Marcos Valério, aparecem, de novo, em um diferente esquema de corrupção.
A outra denúncia aponta que o ex-senador da República Gim Argello cobrou propina de empreiteiras envolvidas na Operação. Quatro empresas pagaram um valor de R$ 5 milhões de reais ao senador, para que elas não fossem chamadas para depor na CPI da Petrobrás, em 2014.
Esse valor foi em parte repassado a quatro partidos da coligação "União e Força". O ex-senador também recebeu montantes em espécie e usou uma paróquia do Distrito Federal para lavagem de dinheiro. Além dele, mais 10 pessoas foram denunciadas.
As denúncias agora seguem para o juiz Sérgio Moro, que pode ou não acatá-las.
Além de apresentar números da Operação, o MPF também mostrou preocupação com os ataques que a Operação Lava Jato tem recebido. Os procuradores alertaram que há leis no próprio congresso podem barrar mecanismos legais que ajudam nas investigações.
Redação Catve.com