À moda da casa - por Luc Monteiro


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Já havia um bom tempo que eu não conseguia pôs os pés no autódromo de Cascavel em dia de corridas do Campeonato Metropolitano de Marcas e Pilotos, culpa absoluta da agenda frenética de outras corridas aqui e ali onde invariavelmente apareço para defender o leite do Luc Júnior - é uma resposta que invariavelmente tenho de dar aos amigos cá da cidade que me cobram aquela aparição durante os eventos caseiros dos quais estive perto por tanto tempo na década passada. Consegui, no último fim de semana. Abertura da temporada de 2015, o que me levou àquela sessão flash back - foi em 2001 que tudo começou, grid com menos de 20 carros, e estávamos todos lá, pimpões e esperançosos, apostando que todo aquele trabalho daria em alguma coisa. Como deu: foi o Campeonato Metropolitano, à época tratado como "regional", que manteve ativo o automobilismo de circuito pelas bandas de cá. Ele, e por um bom tempo só ele, reunia no autódromo gente disposta a ver corridas. Foi uma das coisas que me fizeram sorrir no autódromo: gente disposta a ver corridas. Vá lá que São Pedro não colaborou e confrontou-nos com um fim de semana carrancudo e de chuva. E não foi isso que impediu o público de Cascavel de montar tendas e churrasqueiras e posicionar suas caixas térmicas à beira da pista para acompanhar a etapa. É um dom de Cascavel, talvez exercitado em menor dose que em Guaporé ou Tarumã, mas que faz a gente chegar ao autódromo, examinar o panorama e sorrir. Portão dos boxes adentro, cometi alguns sorrisos de satisfação. A categoria N, que mantém na ativa os carros carburados, passou a ter seu grid próprio. Foi rompido, enfim, o cordão umbilical com as classes A e B, essas ainda formando grid único com seus carros injetados, todos preparados à luz do mesmo regulamento, ficando a subdivisão em uma ou em outra categoria por conta meramente da graduação e do currículo de cada piloto. Isso dá certo em vários outros regionais e também dá certo por aqui. Programação com quatro corridas. A e B somaram 21 carros na pista. O primeiro grid próprio do Marcas N teve 15 carros, um ótimo início em se tratando de um centro esportivo não tão forte quanto os eixos paulista, mineiro, gaúcho. Méritos todos ao Beto Haus, que arregaçou as mangas e fez com que a causa fosse abraçada - e, como o exemplo vem de casa, pôs na pista até o filho Raul. Exerceu liderança sem vaidades e deve ter sorrido satisfeito quando viu o grid pronto, cheio de potencial para abrigar mais e mais adeptos. Quanto a resultados, domingo de seis vencedores: uma vitória do Leandro Zandoná e outra do Marcel Sedano na categoria A, uma do Anderson Portes e outra do Paulo Bento na B, uma do Gelson Veronese e outra do André Soffa na N - nessa, o André acabou beneficiado por uma punição em tempo aplicada ao Marquinhos Cortina, que na pista terminou em primeiro, mas tocou o carro de outro adversário e o fez rodar, e o CDA reza que se você tirar alguém da pista leva punição. Dura lex, sed lex. A próxima etapa do Metropolitano vai acontecer no dia 3 de maio, claro que Autódromo Zilmar Beux. Mais uma em que não darei as caras, por ser o fim de semana da etapa de abertura do Moto 1000 GP em Curitiba. Mais de um mês para todo mundo envolvido preparar o espírito e o equipamento e, a título de sugestão da casa, para que se afine de vez a conversa que pode levar essas corridas às transmissões ao vivo pela televisão. Perto de atingir a idade adulta, o Metropolitano já faz por merecer.

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