Foi protocolado hoje (20) uma representação na Comissão de Ética da Câmara de Vereadores de Cascavel contra o vereador Damasceno Junior (PSDC). Na prática, isso significa que pode ter o mandato cassado.
O pedido de investigação é do Bloco da Transparência da Casa e vem depois que estourou a segunda denúncia contra o parlamentar. A primeira foi de que ele indicou a assessora fantasma que registrava presença mas voltara para casa. Ontem (19) veio a segunda bomba contra Damasceno. Ele foi gravado oferecendo um cargo da Secretaria de Esportes, supostamente, em troca de serviço de segurança particular.
Damasceno negou que o indicado, que aparece na gravação como Daia, seria pago pelos serviços de segurança com o salário da prefeitura.
O vereador alega ainda que tem sido perseguido e recebido ameaças, por isso precisa andar com um segurança.
RITO PROCESSUAL
O diretor-legislativo da Câmara, Mário Galavoti, explicou o rito do processo. Conforme o Código de Ética da Casa, após protocolada a representação, que precisa ter fatos concretos, a Mesa Diretora tem três dias para encaminhar o processo à Comissão de Ética.
"Se a Comissão entender que há indícios para que o processo decorra, a Comissão apresentará um relatório pela cassação ou não do vereador", afirma Galavoti.
Todo o processo terá a duração de 90 dias e para que haja cassação, é preciso 2/3 dos votos, isso é, 14 votos.
Outro problema que o presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR), precisa resolver é que Damasceno Junior faz parte da Comissão de Ética. Como ele pode ser alvo de investigação, o vereador terá que ser substituído.
Além de Damasceno Junior, também compõem a Comissão de Ética os vereadores, Olavo Santos (PHS), que é presidente; Pedro Sampaio (PSDB), Rômulo Quintino (PSL) e Misael Júnior (PSC).
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