Imagem Polícia Civil do Paraná
Um jovem de 27 anos foi preso foi preso em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, após ameaças, perseguição e violência doméstica contra o ex-companheiro e familiares idosos da vítima.
Após o término de relacionamento de seis meses, o investigado iniciou campanha de terror contra a vítima. O comportamento abusivo incluiu perseguição no local de trabalho, com fotografias à distância enviadas para intimidação, e ameaças reiteradas de morte, afirmando que "se não pudesse ficar com a vítima, ninguém mais ficaria".
Bloqueado em contatos telefônicos e redes sociais, o autor passou a utilizar transferências PIX em valores irrisórios (R$ 0,01 a R$ 0,10) para enviar ameaças no campo de descrição, com ameaças diretas ao avô da vítima, de 70 anos, impondo "prazos" para retorno ao relacionamento.




Imagens cedidas pela Polícia Civil
Para demonstrar a seriedade das ameaças, compareceu pessoalmente à residência dos avós em Ponta Grossa e posteriormente enviou fotografias da fachada, reforçando que sabia o endereço e poderia voltar a qualquer momento.
A gravidade das ameaças levou a vítima a fugir emergencialmente de Ponta Grossa. Os avós, de 70 e 68 anos, abandonaram às pressas a casa onde viviam há décadas e foram para outro estado, dependendo do acolhimento de familiares. Outros parentes também alteraram as rotinas por medo de violência.
O investigado criou e-mail falso para continuar as ameaças, reiterando que sequestraria e mataria o avô da vítima caso não houvesse retorno. Afirmou ainda que "mataria toda a família" caso a vítima procurasse as autoridades, visando impedir o acesso aos mecanismos de proteção do Estado.
O autor possui histórico criminal grave, com condenação definitiva por homicídio qualificado e corrupção de menores, cumprindo atualmente pena em regime semiaberto harmonizado com monitoramento eletrônico por tornozeleira. Logo, verifica-se que todos os fatos investigados ocorreram enquanto o homem estava sob monitoramento eletrônico, demonstrando absoluto desprezo pelos mecanismos de fiscalização.
Diante das provas dos crimes de perseguição (artigo 147-A do Código Penal), ameaça (artigo 147 do Código Penal) e outros delitos, e da situação de risco concreto à vida da vítima e familiares, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado. O Poder Judiciário acolheu a representação e o homem foi localizado, preso e encaminhado à cadeia pública local, onde permanece à disposição da Justiça. O Inquérito Policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público.
A prisão tem por finalidade interromper a escalada de violência, proteger a vítima e familiares idosos, preservar a instrução criminal e evitar crimes mais graves, inclusive homicídio por motivo relacionado à orientação sexual da vítima. O caso é tratado como grave exemplo de violência doméstica em relacionamento homoafetivo, evidenciando a necessidade de que vítimas LGBTQIAP+ denunciem situações de ameaça, perseguição e agressão.
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