JC
Faz parte da rotina da Receita Federal. Olhos atentos no vai e vem de veículos e pessoas. Até robôs são usados para ver se existe algum espertinho tentando driblar a fiscalização, na Ponte Internacional da Amizade.
E dá só uma olhada nessa abordagem recente. Um caminhão estava com desvio de função. A câmera fria não transportava carnes e sim celulares. Foram apreendidos 2.200 aparelhos. Toda a mercadoria se enquadrou em um crime comum na Fronteira: o descaminho, quando não é feito o pagamento de impostos.
É tanta mercadoria no pátio da Receita Federal de Foz do Iguaçu que as caixas ficam no chão, ocupando muito espaço físico. De acordo com dados da Receita Federal, em 2024, essas mercadorias foram avaliadas em aproximadamente R$ 84 milhões. É um dinheiro que faria a diferença na vida de muitas pessoas e de fato faz. A Receita Federal faz a doação de parte das mercadorias.
40 instituições sem fins lucrativos de Foz do Iguaçu se cadastraram para receber as mercadorias apreendidas. São R$ 32 milhões ao todo que vão ajudar essas instituições a manter projetos em benefício a sociedade. São produtos como celulares, tabletes, brinquedos e vestuários que vão ser vendidos em forma de bazar, com preços atrativos. As instituições devem prestar conta do que foi vendido. E não só de Foz do Iguaçu, o Brasil inteiro pode ser beneficiado.
Produtos que não podem ser doados são produtos reaproveitados. O cigarro vira fertilizante ecologicamente correto. A bebida alcoólica se transforma em álcool em gel. O agrotóxico vira aromatizante que espanta o mosquito da dengue. O que era produto do crime se transforma em benefício à sociedade.
Confira os detalhes no vídeo acima:
Reportagem de Renan Gouvêa | JC
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