Caso Aline de Melo Canhet: réu admite disparo, mas diz que tiro foi acidental

No banco dos réus estão Diego dos Santos Marques e Giovana de Lima. O homem é acusado de matar Aline de Melo Canhet, de 27 anos. Já Giovana chegou a se apresentar como autora do crime. No entanto, nesta quarta-feira (4), admitiu que não teve participação. No júri, Diego assumiu ter matado Aline, mas alegou que o tiro foi acidental.

Além dos réus, foram ouvidas três testemunhas: a mãe da vítima e dois amigos. Uma das possíveis motivações seria o fato de Aline estar grávida, o que foi confirmado pela mãe: "Ela falou que era dele", disse.

Já a defesa dos réus contesta essa informação. "A gravidez que ela mencionou (...) não restou nada comprovado. A única tese de defesa hoje é referente ao feminicídio", afirmou.

Como aconteceu o crime?

Aline foi morta no dia 14 de janeiro deste ano, na Rua Um, no bairro Cascavel Velho, em Cascavel. Ela foi encontrada sentada no sofá de casa, com um tiro na cabeça. Dois dias após o crime, Giovana de Lima, atual companheira do principal acusado, compareceu à Delegacia de Homicídios e assumiu ser a autora do homicídio.

No entanto, as investigações da Polícia Civil revelaram inconsistências no depoimento. O delegado que investigou o caso confirmou que Giovana não estava no local no momento do disparo e que mentiu para proteger o namorado, o verdadeiro autor do crime.

Diego foi preso no dia 3 de fevereiro, em Foz do Iguaçu. Ainda segundo as investigações, a motivação do feminicídio pode ter ligação com o fato de Aline ter divulgado que estaria grávida e que Diego seria o pai.

A expectativa é de que o julgamento termine ainda nesta quarta-feira (4). Para Diego, a pena pode chegar a até 40 anos de prisão.

Confira os detalhes no vídeo acima.

Reportagem de Déborah Evangelista | JC