Diego dos Santos Marques admitiu que atirou Aline de Melo Canhet. A fala aconteceu durante o júri popular realizado no Fórum de Cascavel, nesta manhã de quarta-feira (4).
O advogado de defesa Verli José de Farias informou que vai contestar a qualificadora de feminicídio. Ao todo serão ouvidas cinco testemunhas, além de policiais.
Durante a fala, Digo disse que o revólver era velho e que acertou o gatilho e houve o disparo.
"Não foi com intenção de matar ela, não foi com intenção. Só tinha uma bala no revólver", afirmou.
No depoimento, ele comentou que desceram para uma área de mata e que realizaram 14 disparos. Na sequência, ele disse que sobrou uma munição na arma, que entrou para casa e que o revólver estava engatilhado.
"Poderia ter disparado em qualquer um", disse.
O Júri Popular acontece nesta manhã de quarta-feira (4) e a expectativa é de que a sentença seja proferida ainda hoje.
O CRIME
Aline de Melo Canhet foi encontrada morta, sentada no sofá de casa, com um tiro na região da cabeça. O crime aconteceu na manhã do dia 14 de janeiro de 2025, na Rua Um, no bairro Cascavel Velho, em Cascavel, no Oeste do Paraná.
Dois dias após o crime, Giovana de Lima, atual companheira do principal suspeito, compareceu à Delegacia de Homicídios e assumiu ser a autora do homicídio.
No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram inconsistências no depoimento.
"Ela vai responder por autoacusação de crime, quando a pessoa assume a autoria de um crime que não cometeu", afirmou o delegado.
O suspeito foi preso no dia 3 de fevereiro, em Foz do Iguaçu. Ainda segundo as investigações, a motivação do feminicídio pode ter ligação com o fato de Aline ter divulgado que estaria grávida do acusado.
Evelyn Antonio | Catve.com
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