O delegado a Polícia Civil de Cascavel, Pedro Fontana, falou sobre a investigação que envolveu o técnico de enfermagem, de 21 anos, do Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) preso em flagrante na quarta-feira (11) pela Polícia Militar acusado de abusar sexualmente de pacientes.
A denúncia partiu de funcionários do próprio hospital. Os colegas suspeitavam do comportamento do técnico que atua na ala de pré-operatório do hospital e ontem flagraram ele abusando de um paciente que estava inconsciente.
Testemunhas que trabalham com o acusado também compareceram à unidade para serem ouvidas.
Conforme o delegado, a situação aconteceu no setor pré-operatório do hospital, onde um técnico de enfermagem manuseava os órgãos íntimos de um rapaz medicado.
Ainda ontem, as enfermeiras e técnicas que trabalham no setor, além do responsável foram ouvidos sobre o que de fato aconteceu na unidade.
"Foi concluído naquele primeiro momento que efetivamente pode ter ocorrido o estupro de vulnerável", afirmou Pedro Fontana.
No primeiro momento, ele foi autuado, ouvido e ele negou que tenha praticado qualquer ato contra o paciente, mas mesmo assim, em razão das provas através das oitivas, o delegado explica que foi lavrado o auto de prisão.
Com relação a outros casos, Pedro Fontana explica que outros profissionais não viram ele praticando, mas perceberam atitudes suspeitas que não é normal a função, o que ascendeu o alerta. No caso específico registrado ontem 11 de dezembro, ele foi avistado ao lado do paciente que estava com o órgão ereto.
"Outras técnicas e enfermeiras relataram que constataram que quando chegavam no local que o órgão genital dos pacientes masculinos estavam pra fora da fralda em situação meio esquisita", explicou o delegado.
Já com relação ao paciente, foi informado que a enfermeira que atendeu ele, não pode aferir qual o grau de consciência que ele estava, mas fisicamente viu que o órgão genital estava ereto. Naquele momento, ele aguardava para ser levado à sala de cirurgia. A vítima será chamada para prestar depoimento após ser liberada em hospital.
A sala pré-operatória é um local dividido por biombos de cortina. Havia pacientes, mas eles não tinham visão do que acontecia ao lado.
Neste caso, a polícia investiga o caso de estupro de vulnerável, pois a vítima estava impossibilitada de reagir, em razão do que estava acontecendo no hospital.
O celular do técnico de enfermagem foi apreendido e encaminhado a perícia e outras pessoas serão intimidas para serem ouvidas. O prazo para a conclusão do inquérito policial é de 10 dias.
O Hospital Universitário manifestou por meio de nota informando que o servidor foi afastado do cargo. Ele atuava em uma das alas do HU sendo contratado via processo seletivo simplificado em janeiro de 2024.
Redação Catve.com
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