Foto: JC
A horta está bonita: tomate, beterraba, cenoura e muitos outros alimentos já poderiam estar sendo colhidos e enviados para as escolas e Cmeis de Cascavel. Há muitos anos, seu Lauro Anduchevitz participa do programa de agricultura familiar, fornecendo esses produtos para a merenda escolar.
Mas, diferente dos anos anteriores, em 2025 ele ainda não vendeu nada para o município. Segundo o agricultor, o motivo é a falta de verba. Sem a compra por parte da Prefeitura, seu Lauro teme o desperdício.
Para vender alimentos para a administração municipal, os produtores da agricultura familiar precisam estar ligados a associações ou cooperativas, que participam das licitações da merenda escolar. O problema é que o processo de compra ainda está em fase de finalização. Enquanto não há liberação oficial, os produtos não podem ser entregues.
A Associação dos Agricultores Familiares do Município de Cascavel informou, em nota, que fornece alimentos para a merenda escolar há 15 anos. Neste ano, ainda conseguiu realizar entregas com base em um contrato de 2024, que possuía saldo. No entanto, para alguns itens, esse saldo já se esgotou — o que inviabilizou novas entregas.
A nota esclarece ainda que uma nova chamada pública foi realizada em abril. A Agrivel participou do processo de credenciamento e já celebrou o novo contrato. Agora, a associação aguarda a liberação do empenho para retomar o atendimento aos produtores que ofertam alimentos.
Já a Secretaria Municipal de Educação informa que a entrega de produtos da agricultura familiar, especialmente os folhosos — como alface, brócolis, couve, cheiro-verde e repolho — está temporariamente suspensa há cerca de três semanas, devido ao fim do contrato anterior, firmado em 2024.
Segundo a Secretaria, a publicação recente no Diário Oficial formalizou os contratos da nova chamada pública de 2025, o que permitirá a retomada das entregas em breve. Durante esse período de transição, os demais itens da merenda continuam sendo adquiridos por outros processos licitatórios, garantindo a alimentação regular dos alunos da rede municipal.
O problema é que, enquanto o empenho não é liberado, muitos alimentos com prazo curto de consumo acabam se perdendo.
Confira os detalhes no vídeo acima. 📺
Reportagem de Déborah Evangelista | JC
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