A confirmação de um caso de gripe aviária em uma propriedade na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, causou forte repercussão no setor avícola nacional. Como consequência imediata, países como China e membros da União Europeia anunciaram a suspensão temporária da importação de carne de frango brasileira, conforme comunicado emitido pelo Ministério da Agricultura.
O tema foi discutido no programa Acontece, da Rádio União FM, nesta segunda-feira (19), com a participação de autoridades e lideranças do setor.
O presidente da Associação de Avicultores do Oeste do Paraná, Edenilson Copini, pediu calma aos produtores. Segundo ele, a expectativa é de que os países que suspenderam as compras sigam o exemplo de outras nações que adotam o sistema de regionalização. Com isso, as restrições se limitariam às áreas diretamente afetadas, evitando prejuízos generalizados.
"O protocolo está sendo seguido à risca. À medida que os países perceberem a seriedade com que o Brasil está lidando com a situação, as exportações devem ser retomadas dentro de patamares aceitáveis", afirmou Copini. Ele também destacou o rigor do controle sanitário nas granjas brasileiras e disse acreditar que em breve será possível identificar a origem da contaminação.
O secretário municipal de Agricultura e Proteína Animal, Luiz Carlos Bombardelli, reforçou a necessidade do cumprimento das normas de biosseguridade e recomendou que os produtores evitem visitas a outras propriedades, principalmente no Rio Grande do Sul.
"O momento é de preocupação, mas não de desespero", afirmou o secretário.
Na tarde de domingo (18), representantes de diversos setores participaram de uma reunião para analisar os dados oficiais e definir ações e metas de contenção.
O gerente do escritório regional da Adapar em Toledo, que atende 20 municípios num raio de 100 km, ressaltou a eficácia do sistema de biossegurança existente na região, envolvendo técnicos, produtores e empresas.
"Vamos seguir rigorosamente os protocolos para mitigar riscos", disse ele, destacando a importância econômica da avicultura no Oeste do Paraná.
Durante participação ao vivo no programa, o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Márcio Nunes, explicou as medidas adotadas assim que o caso foi confirmado. Segundo ele, o Comitê de Biossegurança foi imediatamente acionado e todas as ações foram reforçadas para conter o foco e impedir a disseminação da doença.
Nunes também tranquilizou a população:
"A carne de frango e os ovos não oferecem risco ao consumo humano. A situação será restabelecida rapidamente. Temos mercado consumidor e produto pronto para exportação", garantiu.
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