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Hamas anuncia fim da guerra e cessar-fogo permanente

Grupo confirma acordo mediado por EUA, Catar, Egito e Turquia e prevê libertação de reféns e entrada de ajuda


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Reprodução/AlJazeera

O Hamas declarou oficialmente nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel e o início de um cessar-fogo permanente, após negociações conduzidas pelos Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia.

O anúncio foi feito por Khalil al-Hayya, chefe exilado do grupo e principal negociador, em discurso televisionado, no qual afirmou que o acordo encerra "definitivamente" o conflito e protege os interesses palestinos.

O braço armado do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, confirmou a adesão ao plano.

O acordo inclui garantias de permanência do cessar-fogo, com a retirada completa das forças israelenses de Gaza.

Segundo o Hamas, o envolvimento de Donald Trump e dos mediadores árabes assegura a estabilidade do acordo.

A primeira fase do cessar-fogo prevê início imediato após a aprovação israelense, estimada em até 24 horas, com suspensão das hostilidades e recuo das tropas para posições pré-acordadas.

O Hamas se comprometeu a libertar cerca de 20 reféns vivos e os restos mortais de 28 pessoas em até 72 horas, enquanto Israel indica que ainda restam 48 dos 251 sequestrados desde 2023.

Também está prevista a liberação de prisioneiros palestinos em troca de reféns israelenses.

O acordo contempla a entrada de 400 caminhões diários de ajuda humanitária nos primeiros cinco dias, com aumento gradual, além da abertura da fronteira de Rafah para suprimentos e organizações estrangeiras.

Está prevista, ainda, uma possível aceitação pelo Hamas do desmantelamento de armas pesadas, acompanhada de garantias contra retaliação israelense.

O governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu, realiza nesta quinta-feira reunião do gabinete para aprovar o acordo.

Entenda: Israel e Hamas assinam acordo de paz e cessar-fogo em Gaza

Em declarações iniciais, o premiê classificou a proposta como "um grande dia para Israel", com foco na devolução de reféns e na desmilitarização de Gaza, sem mencionar explicitamente o fim da guerra.

A reação internacional incluiu apoio do secretário-geral da ONU, António Guterres, que defendeu a implementação plena do cessar-fogo e o aumento da ajuda para reconstrução.

Líderes como Emmanuel Macron, da França, e autoridades dos Emirados Árabes Unidos pediram adesão total ao acordo.

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