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CPI do INSS pede para a polícia intimar dois suspeitos de comandar desvio nas aposentadorias

Na semana que vem, os parlamentares vão ouvir Carlos Lupi, ex-ministro da previdência do governo Lula


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Foto: Carlos Moura/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS pediu para a polícia intimar os dois principais suspeitos de comandar o esquema de descontos indevidos em aposentadorias.

Nesta quinta-feira (4), um dos depoimentos foi da diretora de previdência da Controladoria-Geral da União (CGU).

Eliane Mota disse que a CGU alertou sobre descontos indevidos nas contas dos aposentados. Segundo a auditora, foram inúmeras comunicações, mas o então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, resistiu em seguir a orientação para investigar a suspeita de fraude.

A 'Operação sem Desconto' foi desencadeada pela CGU e pela Polícia Federal (PF) contra associações acusadas de falsificar autorizações de idosos para efetuar descontos indevidos nas aposentadorias e pensões.

Segundo relatório da CGU, os descontos começaram em 2016, aumentaram a partir de 2019 e só cessaram no ano passado.

Na sessão de hoje, a CPI aprovou 56 requerimentos. Um deles pede o acesso às gravações de câmeras de segurança do Senado para rastrear as visitas do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes ao Congresso Nacional. Conhecido como "o careca do INSS", ele é apontado como um dos líderes do esquema, suspeito de intermediar relações entre associações fraudulentas e servidores públicos.

O presidente da comissão, senador Carlos Viana, intimou Antunes e o empresário Maurício Camisotti, outro suspeito de participação nas fraudes, a prestarem depoimentos no dia 15 de setembro.

Antes deles, a CPI vai ouvir na próxima segunda-feira, 8, o ex-ministro da previdência, Carlos Lupi.

Nesta quinta-feira, foi aprovado ainda um pedido para abertura do sigilo bancário de pessoas que tinham procuração para atuar em nome do sindicato nacional dos aposentados da força sindical. A entidade tem como vice-presidente, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Lula.

Mais duas entidades são alvo de investigação. A Associação Mutualista de Benefícios Coletivos (AMBEC) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG).

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