Uma geografia única: Brasil, Argentina, Paraguai. Os três países são os insumos principais de uma indústria pra lá de especial, é a fábrica Destino Iguaçu.
A produção é de larga escala. São mais de um milhão de pessoas que deram entrada e saída nas aduanas somente no primeiro semestre de 2025, segundo informou a Polícia Federal, responsável pelos trâmites migratórios. A Tríplice Fronteira é o terceiro destino, no Brasil, a receber turistas estrangeiros. É uma máquina da economia das Américas.
A indústria do turismo é uma verdadeira fábrica de emoções humanas que são únicas e exclusivas. Em um único dia dá para conhecer dois países diferentes e suas culturas.
É na Tríplice Fronteira que existe a maior geradora de energia renovável do mundo.
A religião se renova com a espiritualidade ancestral do templo budista, o maior das Américas. Respeito mútuo na mesquita, onde há uma das maiores comunidades islâmicas do ocidente.
O contato com a natureza é curador, de se apaixonar pelo colorismo. Com a força que impressiona e paralisa o olhar como hipnose momentânea.
As pessoas que estão dentro dessa fábrica experimentam o tempo todo as cinco sensações humanas. É para tocar, cheirar, degustar, ouvir e ver.
O corpo humano é composto de cinco sentidos: a visão, o olfato, o paladar, a audição e o tato. Eles fazem parte do sistema sensorial, responsável por enviar informações obtidas para o sistema nervoso central que, por sua vez, analisa e processa a informação recebida.
Essas capacidades correspondem às percepções do homem no mundo. Justamente essas traduções que nosso cérebro processa, muitas vezes determinou a sobrevivência humana no planeta terra.
No destino Iguaçu, os cinco sentidos são personificados pelos atrativos turísticos, que fabricam as sensações nos humanos. O Parque Nacional do Iguaçu é patrimônio cultural natural da humanidade, segundo a Unesco, lá o sentido ‘visão’ fica extremamente aguçado, o relato de visitantes é de admiração.
Fabricar sensações requer trabalho. Assim como no corpo humano é necessário um órgão para receber o estímulo, na fábrica Iguaçu, não é diferente. Os prestadores de serviço dos atrativos turísticos oxigenam o chamado coração da fronteira, que distribuem as emoções numa espécie de corrente sanguínea.
Cada detalhe é importante. Fabricar emoções não é fácil, ainda mais com o desafio do tema da representatividade brasileira. O ritmo da máquina é como uma substituição dos batimentos do coração. A fábrica existe há mais de 30 anos, são produzidas peças carregadas de sentimentos que foram parar do outro lado do mundo e até na Europa.
As peças produzidas entram nas artérias da fronteira. São ruas e avenidas e até rodovias percorridas até chegar ao destino vital para fabricar a emoção, no caso, o ponto turístico de Foz do Iguaçu. É no quintal das cataratas que as produções ficam em evidência nas lojas de souvenir. Dá pra levar um pouquinho das emoções pra casa, mas é lá no chão de fábrica que saí o queridinho da fronteira. Os quatis, que são vistos com frequência pertinho das Cataratas. No final do passeio lá estão eles, no formato de pelúcia.
Confira os detalhes no vídeo:
Reportagem por Renan Gouvêa | Jornal da Catve
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