Projeto Moradias da Copacol realiza sonho da casa própria para 532 famílias no Oeste do Paraná

Quantos sonhos cabem dentro de 43 metros quadrados? cabem muitos. Sonhos que, por muito tempo, pareciam distantes. Quase inatingíveis. E que, graças ao projeto moradias da Copacol, se tornaram realidade.

Entre tantos desejos que cabem no coração de alguém, ter um lar para chamar de seu talvez seja o maior de todos eles. Representa mais do que paredes e teto. Uma casa significa na verdade um refúgio, um porto seguro, ter um lugar no mundo. Ainda mais para quem sonhou uma vida inteira.

O Gilberto Lunardi conhece as estradas do Oeste do Paraná como ninguém. Toda noite, ele assume o volante do caminhão e percorre as rotas de Nova Aurora, Cafelândia, Ubiratã e Toledo no transporte de peixe e frango para o centro de distribuição. A jornada só termina ao amanhecer, e mesmo percorrendo tantos quilômetros todos os dias, sem dúvida o melhor caminho é o de casa. E quando ele chega, é sempre uma festa.

"Melhor coisa que tem é quando você chega na sua família, né? Indo pra casa, tem a esposa e o filho, é bom demais" Completou Gilberto.

Voltar para casa, agora é diferente, tem outro significado, o café da manhã em família ganhou ainda mais sabor. Depois de 20 anos pagando aluguel, o Gilberto e a esposa Vanessa conseguiram comprar a casa própria.

O casal não via a hora de um dia dizer: essa é minha. E finalmente esse dia chegou.

O Cristiano Santana da Silva é da Bahia. A Juliana Aparecida Pereira, do Paraná. Os dois se conheceram em São Paulo, e foi em Nova Aurora, trabalhando na Copacol, que eles conseguiram mais do que um emprego, encontraram um lar para chamar de seu.

Os dois trabalham na unidade da cooperativa em Nova Aurora, ela é líder de produção e operadora de máquina industrial. A rotina é intensa e cansativa, mas é em casa que eles encontram o aconchego e a certeza de que tudo valeu a pena. Segundo o casal, o maior sonho de suas vidas eram conseguir a casa própria

O Gilberto pagava R$ 850 de aluguel, agora com a casa própria a parcela ficou em R$ 715. Já o Cristiano que desembolsava R$ 750 por mês, agora paga R$ 590 pela nova moradia.

São 532 casas, 359 em Cafelândia e 173 em Nova Aurora, construídas para colaboradores beneficiados pelo projeto.

A Cooperativa doou o terreno e toda a infraestrutura de água, luz, rede de esgoto, ruas prontas. O governo, por meio de linhas de financiamento, facilitou o acesso às casas. Os colaboradores puderam usar o FGTS e hoje pagam parcelas que cabem no bolso. O dinheiro que ia para o aluguel, agora é para pagar o próprio imóvel.

As unidades têm 43m², com dois quartos, sala integrada, cozinha, banheiro, lavanderia coberta, quintal e vaga de garagem. Os terrenos variam entre 150 e 180 m².

"A casa própria proporciona segurança, bem-estar para a família, o filho. Isso faz que a gente possa então, ter através da moradia dos próprios funcionários, essas condições de qualidade de vida, mas também, sem viajar duas ou três horas por dia, a pessoa tem mais disposição pro trabalho" explicou o presidente da Copacol, Valter Pitol.

As famílias crescem, os planos mudam e as casas acompanham. A possibilidade de ampliação, já estava prevista no projeto, por aqui muitos lares já estão ganhando novos cômodos.

A entrega das casas representa um marco no cooperativismo paranaense, essa é a primeira vez que uma cooperativa realiza um projeto habitacional desse porte, que além de garantir moradia digna para os moradores, tem uma fórmula para estimular a permanência destas pessoas em Cafelândia e Nova Aurora, cidades onde a cooperativa é a maior geradora de empregos.

As chaves das moradias foram entregues numa data muito especial, no aniversário de 61 anos da cooperativa. A festa ganhou ainda mais sentido, com famílias celebrando o começo de uma vida nova.

O projeto moradias representa muito mais do que casas, é uma realização concreta. São histórias que agora tem endereço, a certeza de que vale a pena acreditar despertam o desejo de querer ficar, de criar raízes, de cooperar e construir um futuro melhor.

Confira os detalhes no vídeo:

Reportagem por Déborah Evangelista e Leandro Souza| Jornal da Catve