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Paraná anuncia pacote emergencial para apoiar empresas afetadas por nova tarifa dos EUA

Medidas incluem crédito de até R$ 400 milhões, flexibilização de prazos e estímulo ao uso de créditos de ICMS


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O governo do Paraná anunciou um pacote emergencial para apoiar empresas do Estado diante da possível tarifa de 50% que os Estados Unidos devem aplicar sobre produtos brasileiros já a partir de 1º de agosto. As medidas incluem a liberação de até R$ 400 milhões em crédito, via Fomento Paraná e BRDE, utilização de créditos de ICMS e flexibilização de prazos para empresas vinculadas ao programa Paraná Competitivo. Também está em estudo um reforço no Fundo de Desenvolvimento Econômico, com o objetivo de ampliar a oferta de recursos com juros mais baixos.

Atualmente, o Paraná exporta cerca de US$ 1,5 bilhão por ano aos Estados Unidos. A medida tarifária, apelidada de "tarifaço", já começa a impactar empresas paranaenses. Entre os principais produtos exportados pelo Estado estão itens do setor florestal, café, piscicultura, carne bovina e laranja. Na última quinta-feira, uma produtora de compensado de madeira anunciou o corte de 100 funcionários, além de perdas estimadas em R$ 5,5 milhões, como reflexo direto da medida.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), mais de 600 mil empregos podem estar ameaçados. Por ora, já há registro de cancelamento de contratos e concessão de férias coletivas em empresas exportadoras.

O secretário da Fazenda do Paraná, Norberto Ortigara, afirmou que o governo estadual está agindo preventivamente para mitigar os efeitos econômicos:

"O governador Ratinho Júnior se manifestou pedindo a atuação da diplomacia brasileira para negociar a suspensão ou, no mínimo, o adiamento dessa tarifa. Enquanto isso, estamos tomando medidas aqui. Primeiro, prorrogando parcelas de financiamentos de curto prazo para preservar o capital de giro das empresas. Segundo, liberando créditos de ICMS homologados no CISCRETE, que poderão ser monetizados ou utilizados como garantia em empréstimos. Terceiro, determinamos à Fomento Paraná e ao BRDE que abram linhas de crédito com juros acessíveis. Se necessário, vamos usar o Fundo de Desenvolvimento Econômico para reduzir o custo desses recursos. Estamos atentos às dificuldades e agindo em defesa da economia, dos empregos e das oportunidades no Paraná."

Confira mais detalhes no vídeo acima:


Reportagem de Ana Reimann | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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