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"Olá, tudo bem?" — Seis anos sem Paulo Henrique Amorim, voz crítica e marcante do jornalismo brasileiro

Jornalista faleceu em 2019, mas segue vivo na memória por suas frases, livros, vídeos e postura combativa


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Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (10), completa-se cinco anos da morte de Paulo Henrique Amorim, um dos nomes mais marcantes do jornalismo nacional. O jornalista, escritor e apresentador faleceu em 10 de julho de 2019, aos 76 anos, vítima de um infarto fulminante no Rio de Janeiro. Famoso por bordões como "Boa noite, boa sorte!" e o clássico "Olá, tudo bem?", PHA — como era conhecido — deixou um legado poderoso na imprensa, na literatura e nas mídias digitais.
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Crítico ferrenho da grande mídia, Amorim popularizou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) para denunciar o que considerava uma atuação parcial de setores da imprensa em favor de elites econômicas e interesses conservadores. Suas análises políticas carregadas de ironia e contundência o tornaram uma figura amada por uns e odiada por outros, mas sempre respeitada pela coragem.

Trajetória profissional: da imprensa tradicional ao pioneirismo digital

Anos 1960-1970 - Manchete e revista Realidade

Iniciou a carreira como repórter de economia e se destacou no jornalismo impresso.

Anos 1980 - TV Globo

Correspondente em Nova York, participou do Fantástico e venceu o Prêmio Esso de jornalismo econômico.

Anos 1990 - Bandeirantes e TV Cultura

Foi âncora do Jornal da Band e comandou o premiado Fogo Cruzado na TV Cultura.

2003 a 2019 - Record TV

Apresentou o Jornal da Record, Tudo a Ver e o Domingo Espetacular, onde consolidou o bordão "Boa noite, boa sorte!".

2006 - Portal Conversa Afiada

Fundou o blog que se tornaria referência em jornalismo alternativo e independente, com foco em política e mídia.

Últimos anos - YouTube e redes sociais

Migrou para o digital com vídeos opinativos e críticos que sempre começavam com seu "Olá, tudo bem?", sua marca registrada.

Livros e publicações

De Olho no Dinheiro (1987)

Plim-Plim: A Peleja de Brizola Contra a Fraude Eleitoral (2005)

O Quarto Poder - Uma Outra História (2015)

Manual Inútil da Televisão e Outros Bichos Curiosos (2016)

As obras reforçam seu olhar crítico sobre política, economia e os bastidores da imprensa brasileira.

Legado e homenagens

Instituições e jornalistas lamentaram a perda. A Federação Nacional dos Jornalistas destacou que ele "levou embora um jornalismo crítico, inquieto e problematizador". Já o escritor Mário Magalhães disse que Amorim foi "um jornalista corajoso, defensor da liberdade de expressão".

Cinco anos depois de sua morte, Paulo Henrique Amorim continua sendo lembrado por sua ousadia, irreverência e paixão pelo jornalismo — sempre iniciando suas análises com o bordão que virou símbolo de sua personalidade:

"Olá, tudo bem?".

Antonio Mendonça/ Catve.com

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