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Após retirada de árvore inclinada, Meio Ambiente fará replantio em Cascavel

Árvore inclinada e com queda frequente de galhos foi removida por risco à segurança


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JC

Atendendo a um pedido antigo, a Secretaria de Meio Ambiente de Cascavel resolveu fazer a retirada de uma árvore de grande porte na região central, na esquina da Rua Pio XII com a Avenida Brasil.

Segundo a SEMA (Secretaria Municipal do Meio Ambiente), o ângulo de inclinação da árvore por si só já justificaria a extração da árvore, porém, comerciantes relataram que a queda de galhos também era frequente.

Para fazer a remoção da árvore, considerada exótica, o trânsito precisou ser bloqueado na rua Pio XII, entre a rua Paraná e a Avenida Brasil. Assim que a extração for concluída, a Secretaria de Meio Ambiente vai fazer o plantio de outra espécie. 

O trabalho acontece em meio a uma decisão judicial que proíbe poda e extração de árvores em Cascavel. Pedido feito pelo Ministério Público, com multa de R$ 10 mil a cada ação realizada sem a devida autorização e um parecer técnico. 

A utilização de um equipamento chamado tomógrafo, que custou mais de R$ 150 mil, ajuda a identificar riscos iminentes de quedas de árvores. A diretora de conservação, Olga Tschá, admite que o aparelho ainda é pouco utilizado, mas que ele não é simples de usar e que nem sempre é necessário. 

O tomógrafo costuma ser utilizado em laudos técnicos de árvores nativas, protegidas por lei ou árvores exóticas que visualmente parecem estar bem conservadas, mas que as raízes podem estar condenadas. 


Confira os detalhes no vídeo acima.

Cascavel proibida de cortar árvores

O Ministério Público do Paraná (MPPR) conseguiu uma decisão judicial que proíbe o Município de Cascavel de cortar árvores sem um parecer técnico feito por profissionais especializados, como engenheiros florestais, agrônomos ou biólogos. A ação foi motivada para evitar o corte indevido de árvores na cidade.

O MPPR pede que o município:

  • Complete o diagnóstico das árvores existentes;
  • Apresente planos detalhados de plantio, poda e substituição, aprovados pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente;
  • Pare de autorizar podas que não sigam esses planos;
  • Crie e mantenha um viveiro de mudas adequado à demanda local.

Antes de recorrer à Justiça, o MP tentou resolver a situação de forma amigável, mas não obteve resposta. O município havia criado um Plano Municipal de Arborização, mas até maio de 2022 só cumpriu 35% do diagnóstico necessário e não elaborou os planos de ação para podas, plantios e substituições. Também não ajustou o viveiro municipal como previsto.

Com isso, a Promotoria entrou com a ação civil pública. A decisão judicial prevê multa de R$ 10 mil para cada árvore cortada irregularmente.

Reportagem de Deivid Souza | JC


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