Trânsito

Entre cartas e cuidados: a recuperação das meninas atropeladas em Cascavel

Acidente aconteceu no início do mês e mudou a rotina da família


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JC

As duas meninas atropeladas no último dia 7, em Cascavel (PR), seguem em recuperação em casa. Elas agora contam com o apoio da família para enfrentar a nova rotina, que inclui o uso de cadeira de rodas, fisioterapia e imobilização no braço.

O acidente aconteceu na Rua Jacarezinho, esquina com a Rua Ponta Grossa. As meninas saíam de uma loja e, após esperar o fluxo de veículos sentido Centro, correram para atravessar, mas foram atingidas por um carro que seguia em direção à região Norte.

Emanuelly, de 10 anos, foi levada inconsciente ao Hospital Universitário com traumatismo craniano grave. Ela passou sete dias na UTI e outros quatro internada na enfermaria. A prima, Emanuele, de 9 anos, teve ferimentos e uma fratura no braço. Foi socorrida e atendida na UPA Veneza.

Agora, Emanuelly inicia sessões de fisioterapia para tratar uma lesão no quadril. As duas se recuperam cercadas de carinho, lendo cartas enviadas por amigos e colegas da escola.


Confira os detalhes no vídeo acima:

O atropelamento

Duas prima foram atropeladas por um carro, em 7 de maio, no bairro São Cristóvão, em Cascavel.

O acidente ocorreu por volta das 17h30, na Rua Jacarezinho, próximo ao cruzamento com a Rua Ponta Grossa. O veículo envolvido é um Volkswagen Voyage, com placas de Toledo.

O para-brisa ficou trincado devido ao forte impacto. O movimento é intenso no local, ainda mais no horário de pico, quando o fluxo de veículos e pedestres costuma aumentar por conta da saída das escolas.

As crianças receberam atendimento dos socorristas e do médico do Corpo de Bombeiros. A criança de 10 anos sofreu um traumatismo craniano grave e, inconsciente, precisou ser encaminhada para o Hospital Universitário do Oeste do Paraná. A menina de 9 anos sofreu contusões e escoriações no dorso, no rosto e nas pernas. Ela foi levada para a UPA Veneza.

A Rua Jacarezinho ficou interditada para o atendimento, e o fluxo de veículos precisou ser desviado pelas ruas Paulista e Guaraniaçu. Aparecido de Souza deu entrevista no local e afirmou que é comum veículos circularem em alta velocidade na rua. "É dia e noite, sem parar, o tempo todo, uma velocidade muito acima do normal", conta.


Redutor de velocidade

O eletricista Agnaldo, causador do acidente, disse que subia pela rua Jacarezinho, sentido à zona Norte, quando as meninas saíram de trás de outro carro e invadiram a rua.

O motorista não conseguiu evitar a batida. "Elas saíram de trás do carro, foi questão de segundos", contou Agnaldo. Após o atropelamento, ele permaneceu no local e acionou o socorro do Corpo de Bombeiros.

Moradores da região, como o aposentado Aparecido José de Souza, reclamam do excesso de velocidade na rua Jacarezinho. Ele, que reside há anos no bairro, afirmou: "É dia e noite, sem parar, o tempo todo, uma velocidade muito acima do normal".

Em resposta às reclamações, a Transitar, órgão responsável pela gestão do trânsito, informou que já existe um redutor de velocidade na rua Jacarezinho, a cerca de 200 metros do local do atropelamento, em um dos sentidos da via. No outro sentido, o semáforo está instalado no cruzamento com a Avenida Brasil.

A Transitar ressaltou, ainda, que não há previsão para a instalação de outro dispositivo de redução de velocidade no local.

Reportagem de Patrícia Cabral | JC

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