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Condenado, cardeal diz que não participará do conclave: "Decidi obedecer"

Angelo Becciu pressionou Vaticano para ser admitido na votação que definirá novo papa


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Imagem: Vatican News

O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu declarou nesta terça-feira (29) que não participará do conclave. O religioso causou uma polêmica na semana passada ao pressionar o Vaticano para ser admitido na votação que irá definir o novo papa.

Ele foi condenado a cinco anos e meio de prisão em dezembro de 2023 por peculato e fraude. Ele nega todos os delitos e se encontra em liberdade enquanto aguarda um recurso.

"Tendo em coração o bem da Igreja… Decidi obedecer, como sempre fiz, à vontade do Papa Francisco e não entrar no conclave, ainda estando convencido da minha inocência", expõe.

Demitido em 2020, o mais alto funcionário da Igreja Católica já julgado em um tribunal criminal do Vaticano obteve a permissão do papa Francisco para manter seu título eclesiástico e seu apartamento, mas foi privado de "direitos associados ao cardinalato".

Com a morte do pontífice aos 88 anos, o ritual que marca o processo de escolha de um novo papa, terá início no dia 7 de maio. O conclave começará com uma missa chamada Pro Eligendo Romano Pontifice ("Pela eleição do Pontífice Romano", em português) na Basílica de São Pedro, após o final da Novendiales, período de luto de nove dias que teve início no sábado (26) após o sepultamento.

Os dois conclaves anteriores, realizados em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias. No entanto, outras votações levaram mais tempo, e a mais longa durou dois anos. Até a decisão ser tomada, os cardeais eleitores ficam fechados dentro do Vaticano, em uma área conhecida como "zona de conclave". Eles também fazem um juramento de segredo absoluto sobre o processo.

Ao todo, 133 cardeais votarão no conclave, que será mais "global" do que o anterior. Sete brasileiros participarão da votação. Saiba quem são eles:

  • Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos;
  • Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos;
  • Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos;
  • Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos;
  • Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos;
  • João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos;
  • Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.

Para ser eleito, um cardeal precisa ter ao menos dois terços dos votos. Não há direito à abstenção, e os participantes não podem votar em si mesmos. O voto é secreto e depositado em uma urna.

TV Cultura

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