Um trabalho delicado e de grande responsabilidade. Nesta manhã de sábado (12), foi realizada a captação de órgãos no São Lucas Hospital Center em Cascavel, no Oeste do Paraná.
A doadora é uma mulher de 45 anos que sofreu um aneurisma e estava hospitalizada há cinco dias. Ela teve doados rins, fígado, pâncreas, globo ocular (córneas) e coração, destinado para a retirada de válvulas.
A equipe foi formada por pelo menos 10 profissionais, entre médicos da Uopeccan e também enfermeiros, equipe técnica, anestesista do São Lucas, que realizaram a captação dos órgãos. Esse ato de amor vai salvar e melhorar a vida de oito pessoas.
Todo o material foi acondicionado para que pudesse ser transportado de forma segura para Curitiba. Apenas o Globo ocular (córneas) que ficaram em Cascavel.
Quem pode ser doador?
De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois tipos de doador. O primeiro é o doador vivo que, desde que não tenha a saúde prejudicada e concorde com a cirurgia, pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões. A compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos.
O segundo é o doador falecido, que pode ser qualquer paciente com diagnóstico de morte encefálica ou com morte causada por parada cardiorrespiratória. Nesse caso, o doador pode doar órgãos, como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino; e tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.
Como doar os órgãos?
No Brasil, a doação é feita por meio de autorização familiar. Para isso, é importante que a pessoa que tem interesse manifeste o desejo em vida. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera.
A lista única, organizada por estado ou região, é monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.
Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar. A doação consentida é a modalidade para a doação que mais se adapta à realidade brasileira.
Evelyn Antonio | Catve.com
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