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João da Silva de Abreu, de 72 anos, morreu eletrocutado na manhã deste domingo (31) quando saía para uma atividade de lazer em Ubiratã.
O cabo de alta tensão se rompeu em frente a casa dele. Quando manobrava para deixar a garagem do imóvel o fio encostou no teto do carro, ocasionando uma descarga elétrica. João tentou descer do carro para entender o que estava acontecendo e foi então que ele é atingido pela eletricidade. Com a descarga elétrica o veículo incendiou.
O Corpo de Bombeiro foi acionado rapidamente para apagar as chamas, no entanto, quando chegou no local, por uma questão protocolar não foi possível apagar o fogo do veículo Fiat Strada. Eles esperaram pela liberação da Copel e no entendimento da família, o que alguns chamam de tragédia, para eles tem outro nome.
Segundo um dos filhos de João, um serviço mal feito é o que teria causado a queda desse cabo. Inclusive, a família acredita também que esse serviço não seria recente, já que há cerca de 10 meses, houve um curto circuito na região e a Copel foi chamada para fazer o serviço, mas no entendimento dos moradores da rua Donato Félix Leite, no Jardim Panorama, o serviço não foi a contento.
Imagem do ponto de rompimento, com remendo após o acidente de domingo
Os filhos de João, que são eletricistas, comentaram sobre a situação:
"A família quer um parecer de tudo o que aconteceu, porque isso é injusto. É injusto o que aconteceu com meu pai, ele não merecia isso. É um serviço errado da Copel e estão querendo tirar o corpo fora. É inaceitável um negócio desses, inaceitável" comentou Tiago, que ainda afirma que a água só foi jogada após o fogo ter apagado.
"Meu pai estava saindo para fazer uma diversão de final de semana com meu irmão, eu recebo uma ligação, eu chego e vejo meu pai queimando" Completou o outro filho, Charles.
Por volta das 6h05 houve um curto circuito da rede elétrica e às 6h15 o sistema acabou desarmando, mas apenas 7h15 a Copel liberou o trabalho do Corpo de Bombeiros para apagar o incêndio. Os filhos comentaram que depois de uma hora, quase já não tinha mais fogo nenhum no carro.
Para a família, essa demora e essa questão protocolar, o excesso para fazer a liberação do Corpo de Bombeiros é o que traz uma transtorno ainda maior para ela, já que a família tenta fazer a liberação do corpo de João, que foi levado para o IML de Campo Mourão, e foi totalmente carbonizado, impossibilitando de fazer o reconhecimento por meio da arcada dentária e foi necessário ser por meio de exame de DNA, o que acaba demorando ainda mais.
O corpo de um gambá morto foi encontrado pela família, perto do poste, técnicos da Copel estiveram na área e teriam dito que esse animal teria fechado o curto circuito, porém a família não acredita nesta versão já que os fios são encapados, o que impossibilita do animal provocar este curto circuito.
Em nota, a Copel destacou:
"A Copel lamenta profundamente o fato ocorrido neste domingo (30) em Ubiratã. A rede do local apresentava condições normais de operação. Ela passou por manutenção corretiva em abril de 2023, quando um raio a atingiu e houve a necessidade de reparos. Desde então, inspeções periódicas preventivas foram realizadas no local - sendo as mais recentes em 2024 e, novamente, em fevereiro de 2025 -, ocasiões em que não foram constatadas irregularidades nos postes, cabos e acessórios da rede elétrica. A companhia manifesta sua solidariedade e está em contato com familiares da vítima para prestar todo o suporte possível. Às circunstâncias do acidente seguem sob análise detalhada."
Confira mais detalhes na reportagem do vídeo:
Reportagem por Deivid Souza | CATVE
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