Cotidiano

Conheça a história do bairro Lago Azul em Cascavel

Local que conhecemos hoje é muito diferente daquele de quatro décadas atrás


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EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

São quatro décadas de história. Aqui muita gente nasceu, cresceu e alguns continuam pisando nas empoeiradas ruas, ou estradas de terra dentro do perímetro urbano da quinta maior cidade do Paraná. Como seu Avelino Belusso, que veio de Pato Branco. O sogro chegou bem antes, mas ele fixou residência em fevereiro de 1989 e nunca mais saiu.

A Georgina Pereira chegou depois, vinda de Braganey. Era recém-casada e a casa onde reside hoje era bem diferente, mal tinha grama no terreno de 3 mil m². Rapidamente se envolveu nas lutas da comunidade e conta que a linha do transporte coletivo só surgiu nos anos 90.

O bairro Lago Azul de hoje nada tem a ver com a ideia inicial. Tudo girava em torno do Clube de Campo Lago Azul, empreendimento de um grupo empresarial da cidade que, na época, já atuava no ramo imobiliário e de construção civil.

Segundo a lei federal, chácaras de recreio são propriedades destinadas à moradia e ao lazer, com baixa densidade populacional. São também conhecidas como sítios de recreio ou chácaras de lazer. Em Cascavel, havia também uma lei que exigia algumas benfeitorias para novos núcleos urbanos, mas totalmente diferente do que existe hoje.

E convenhamos, luz elétrica na área rural em plenos anos 80 era um verdadeiro luxo, já que água era abundante para o consumo humano em uma área, que na teoria só seria visitada aos fins de semana. Agora entendemos por que os moradores reclamam das constantes quedas de energia, pois na época, objetos eletrônicos em casa eram uma variedade.

Água encanada mesmo só chegou depois que o Lago Azul foi reconhecido por lei, aprovada pela Câmara de Vereadores em 2018, como bairro da área urbana de Cascavel. Sim, antes, era um condomínio de chácaras, porém, no fim dos anos 80, o IPTU começou a ser cobrado, pois o Lago Azul era reconhecido como área urbana, mas do distrito de Espigão Azul, como ocorre hoje com comunidades rurais ligadas aos distritos do município.

Até então, na casa da Georgina, a água vinha do posso, tanto para consumo humano quanto para higiene pessoal ou limpeza. A água ligada à rede da Sanepar chegou há sete anos, mas o esgoto depende da velha fossa e cada um dos 329 terrenos tem pelo menos uma.

A família ainda não definiu o que vai fazer com o terreno de mais de 50 mil m², o loteamento é difícil em função das nascentes e de água e também pelas questões ambientais. Agora uma coisa é praticamente certa, dificilmente o clube de campo Lago Azul voltará a receber aquela multidão nos finais de semana de verão.

Uma ironia do destino, pois quando o clube pulsava nas tardes de verão, o loteamento era restrito a algumas propriedades em meio a tanto mato. O Lago Azul não perdeu suas características originais. No entanto, tem gente e movimento que não se vê mais nas piscinas vazias e secas da principal referência do bairro.

Confira os detalhes no vídeo:

Reportagem de Leandro Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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