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Se tem uma coisa que o cascavelense sabe é comer bem. Temos o maior costelão do mundo, assado pelo fogo de chão na Festa do Trabalhador, realizada todos os anos no Seminário São José.
Na Festa da Padroeira tem de tudo. O pãozinho de Nossa Senhora, que é uma criação nossa. O galeto assado no rolete e até o hamburguer tem receita e ingredientes especiais por aqui.
Criatividade é coisa de cascavelense mesmo. O nome da cidade é de uma cobra, mas as simpáticas capivaras do Lago Municipal já viraram símbolo. E não estou falando dos enfeites do natal deste ano, mas da invenção local do "Capistel", que é a massa do pastel no formato do mamífero roedor.
A iguaria é servida na feira livre, ponto de encontro dos fins de tarde e aos sábados e domingos pela manhã. Mas, também temos a gastronomia de tradição como este restaurante que tem quase a metade dos anos que Cascavel completa agora.
A casa foi a primeira a servir Carpaccio na cidade, que é a carne bovina crua, cortada em finas tiras sobre suco de limão, azeite de oliva e tantos outros temperos. Mas aqui nunca foi só comida.
No grande salão encontramos fotos históricas e conhecemos um pouco da noite cascavelense do passado. A moça do corpo dourado do sol de Ipanema provou o clima frio do inverno do Paraná. Sim, Helô Pinheiro, a inspiração para o compositor Tom Jobim, jantou e posou para foto, que ficou eternizada na galeria. E ela não foi "a coisa mais linda que se viu passar" pelo restaurante. A jovem Elizabeth Savalla, uma das mais prestigiadas atrizes brasileiras, e o ídolo musical da geração anos 80, Ivan Lins passaram por aqui. Tim Maia, Belchior, Emílio Santiago, Beto Carreiro também são figuras conhecidas.
Segundo a sócia-proprietária, isso só era possível, porque diferente de hoje, nosso aeroporto não oferecia condições necessárias para pouso de aeronaves em qualquer tempo.
A noite da jovem senhora de 73 anos trás modernidade, pratos finos, gente que busca requinte com bom paladar. A Paula reside em Cascavel há nove anos, veio do Mato Grosso para aperfeiçoar a profissão de cozinheira que aprendeu desde criança no restaurante da família em Cuiabá. Estudou gastronomia e virou chefe de cozinha e hoje, ela quem é a responsável por produzir os pedidos dos clientes.
Os pedidos preparados por ela vieram até a mesa de pessoas que não nasceram em Cascavel, mas adotaram a cidade e trouxeram paladar diferenciado e exigente.
Os hábitos na cidade mudam conforme a cidade cresce e isso exige inovação dos donos de estabelecimentos de gastronomia. Do pastel, ao bandejão. Do sofisticado ao natural.
Thiago Soster trouxe a proposta de longe. Cascavel está a mais de 800kg do litoral catarinense e se não podemos estar na praia sempre, a praia vem para o extremo Oeste do Paraná, através de ostras fresquinhas.
Uma adega com vinhos de rótulos variados, atendendo ao gosto dos clientes. A Mariele esposa do Thiago, trouxe a ideia de São Paulo e verificou que havia espaço para o negócio que começou a funcionar há quase três anos.
A família do Antônio Henrique não só inaugurou um empreendimento, mas recomeçou a vida. E não só a família, após 13 anos, o negócio gera 12 empregos diretos. Antes a cana era comprada de produtores, mas hoje, o pai do Antônio, funcionários e um engenheiro agrônomo cuidam da plantação própria. No trailer também é feito suco de laranja, servida água de coco, pastel e refrigerante.
O que mostramos aqui é só uma parte do que Cascavel oferece aos moradores e visitantes. O centro comercial, industrial, do setor de serviços, do agronegócio que move e alimenta o mundo.
JC
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