Foto: Reprodução/Instagram
O que era para ser uma viagem transformou-se em pesadelo. A família de Michele Matsuo, que vive no Oeste do Paraná, em Toledo, ficou presa com as chuvas torrenciais que atingem o Rio Grande do Sul.
Michele e o marido saíram da cidade onde vivem e percorrem um trajeto de cerca de 717 km até o município gaúcho de Nova Bréscia para visitar os parentes do esposo, Antônio Henrique Nichel. O casal fez todo o percurso na companhia do filho único, de dois anos.
"Na região em que eu estou, as chuvas começaram no domingo (28) à noite. Nós paramos em Chapecó, Santa Catarina, e continuamos a viagem. No sábado (27) o tempo estava bom, estava aberto, mas, no domingo à noite, fomos surpreendidos pela chuva. Na segunda-feira (29) o bicho pegou", explica.
Tudo piorou nas horas seguintes. Na madrugada de terça-feira (30), às 5h, o temporal interrompeu o fornecimento de energia elétrica e deixou os moradores sem água e restringiu a comunicação via internet.
Sem rumo, sem informação e sem internet
Sem informações sobre a magnitude da tragédia, Michele e Antônio ficaram desesperados em meio ao caos. Eles estavam sem notícias da magnitude da tragédia e sem conexão com a internet para conversas com os familiares.
"Nós sabíamos que iria chover aqui, mas não tínhamos ideia de que seria esse caos. O mais desesperador é que você não sabe para onde ir. Você não tem para onde ir e você não tem informação", conta.
Restabelecimento da conexão e vestígios da tragédia
No final da tarde de quarta-feira (1°), no alto de uma laje de um frigorífico, estabelecimento que é de um amigo de Antônio, Michele conseguiu restabelecer a conexão com a internet e avisar os familiares que os três estavam bem.
Por meio da internet e do rádio, as informações sobre as dimensões da tragédia começaram a chegar.
Retorno ao Paraná
O vídeo foi gravado por Michele na manhã deste sábado (4), antes da família chegar a Encantado, no Rio Grande do Sul. No registro, a paranaense disse que não tinha certeza se conseguiria chegar ao município. |
Retornado ao Paraná, a família encontra-se em Encantado, ainda no Rio Grande do Sul. No caminho de volta, Michele percebeu as proporções da catástrofe, considerada pelas autoridades a maior tragédia ambiental do estado.
"Nós vimos inúmeros acessos destruídos, casas arrastadas. Então isso é realmente devastador. O choque é muito grande", comenta.
"O cenário é de muito caos, de muita destruição. Nós tentamos quatros vezes tentar diversos acessos para sair do Rio Grande do Sul para chegar na estrada principal e não foi possível, mas nós estamos bem graças a Deus. Nós temos um bom suporte aqui, uma boa estrutura", reitera.
Como ajudar o Rio Grande do Sul?
Quem tiver interesse em fazer as doações, pode fazer a transferência de valores pela chave CNPJ 92.958.800/0001-38.
Os quartéis do Corpo de Bombeiros no Paraná são pontos de arrecadação de donativos para os moradores do Rio Grande do Sul, vítimas da enchente no Estado.
A Campanha de arrecadação de donativos, chamada campanha SOS RS, está sendo aberta pela Superintendência Geral de Ação Solidária, com apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.
O período de arrecadação começa nesta quinta-feira (2) e segue até quarta-feira (8). Em Cascavel e região, as doações podem ser feitas em todas as unidades do Corpo de Bombeiros.
Preferencialmente, devem ser doados alimentos não perecíveis, água, produtos de higiene e limpeza.
Confira os locais para doação em Cascavel e região:
Redação Catve.com
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