Política

Presidente do processo administrativo contra agente acusado de abuso afirma que não tinha capacidade técnica

Ela foi ouvida nesta quarta-feira (20), na Câmara de Vereadores de Cascavel


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A primeira a ser ouvida nesta quarta-feira (20), na CPI que investiga casos de abuso envolvendo um agente de apoio de um Cmei de Cascavel, foi Kátia Simone Vermut. Era ela quem conduzia o processo administrativo disciplinar.

Durante o depoimento, ela afirmou que não tinha capacidade técnica, por não possuir formação adequada para a condução de processos. Kátia é psicóloga de formação e foi nomeada como agente administrativa. Ela também informou que não tinha apoio jurídico. Atribuiu a demora na tramitação a muitos processos em andamento, ao número reduzido de servidores e à sobrecarga de trabalho.

A presidente do processo administrativo disciplinar disse que o acusado não foi convocado em nenhum momento porque ela aguardava mais elementos do processo penal.

Durante os questionamentos da CPI, Kátia afirmou que a secretária de Educação, Márcia Baldini, nunca solicitou informações sobre o processo e que não pediu o afastamento do acusado porque essa decisão cabia à secretária de Educação, e não a ela.

A segunda a ser ouvida na manhã foi Joselene Nunes Ruiz. Ela é agente administrativa e atua na corregedoria do município. Joselene estava nomeada no processo administrativo disciplinar, mas não tinha conhecimento dessa nomeação. Segundo ela, nunca foi oficialmente notificada e atribuiu a negligência a Kátia, que era a presidente do processo.

O terceiro depoimento foi de Maxwell Schmidt, servidor do gabinete da Secretaria de Educação, que participou do início do procedimento adotado pela pasta quando a denúncia chegou. Ele também participou das escutas.

Maxwell foi nomeado no processo disciplinar da corregedoria do município, mas informou que em momento algum foi notificado.

Um dos depoimentos mais aguardados era o da secretária de Educação, Márcia Baldini. Ela respondeu a vários questionamentos dos vereadores, membros da comissão. Entre eles: por que não afastou o ex-agente de apoio assim que tomou conhecimento do caso? E também: se houve negligência, de quem foi?

 "Nós estávamos em pandemia, ele praticamente já estava afastado, ele voltou só um ano depois, em lá para junho, agosto de 2021. A quem cabia afastar, por essa mesma lei que o senhor está dizendo é a corregedoria e outras pessoas da administração. Não cabia a mim, como secretária de Educação, estar afastando", afirmou Márcia Baldini.

Confira mais detalhes no vídeo:


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