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A recente filiação do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao PSD, movimentou os bastidores do partido e reacendeu as articulações sobre a possível candidatura própria da legenda à Presidência da República em 2026. A principal dúvida agora gira em torno de quem terá a preferência: o recém-chegado Eduardo Leite ou o governador do Paraná, Ratinho Júnior, já filiado há mais tempo e consolidado dentro da sigla.
O nome de Ratinho Júnior ganhou destaque nas últimas semanas após a divulgação da pesquisa Genial/Quaest, na última quinta-feira (5), que apontou o paranaense com 11% das intenções de voto em um cenário sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele aparece na frente de nomes como Pablo Marçal (7%), Ronaldo Caiado (5%), Eduardo Bolsonaro e Eduardo Leite (4% cada), além de Romeu Zema (3%).
Nos bastidores do PSD, aliados de Gilberto Kassab - presidente da sigla - afirmam que Ratinho Jr. larga na frente. Entre os argumentos estão o bom desempenho nas pesquisas, o tempo de filiação ao partido e o reconhecimento nacional por ser filho do apresentador Ratinho. Interlocutores também citam um suposto compromisso entre Kassab e o governador do Paraná, o que garantiria a ele uma posição de vantagem na disputa interna.
Já Eduardo Leite, que foi candidato nas prévias do PSDB em 2022 e agora tenta viabilizar seu nome dentro do PSD, é visto por parte da cúpula do partido como uma opção mais viável caso o cenário eleitoral se incline ao centro. Segundo essa avaliação, ele poderia atrair setores do empresariado e eleitores mais moderados, especialmente se figuras como Simone Tebet e Ciro Gomes não concorrerem.
Apesar da movimentação, a possível candidatura de Ratinho ou Leite à Presidência depende ainda de outro fator: a decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Caso ele se lance à disputa nacional, há a possibilidade de o PSD apoiar seu nome, já que Kassab ocupa o cargo de secretário de Governo na gestão paulista. Nesse cenário, tanto Ratinho quanto Leite poderiam disputar o Senado por seus respectivos estados.
Até o momento, o PSD mantém a estratégia de dialogar com diferentes correntes políticas e sinaliza o desejo de lançar um nome competitivo para o Planalto. A definição, no entanto, deve ocorrer apenas em 2026, com base no cenário político-eleitoral e nas pesquisas de intenção de voto.
Antonio Mendonça/ Catve.com/ Metrópoles
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