Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, alegou perseguição política contra a direita por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pediu licença do cargo de deputado federal para morar nos Estados Unidos da América.
Em entrevista à CNN Brasil, o político disse que não tem data para voltar ao país. "Não tenho voo de volta para o Brasil. Devo fazer o pedido de asilo político ao governo dos Estados Unidos", disse o parlamentar.
O asilo político é uma espécie de proteção legal que um país oferece a estrangeiros perseguidos na nação de origem. Ao citar a decisão, Eduardo criticou a democracia brasileira e argumentou que um parlamentar não pode perder o passaporte pelo que fala.
"Eu não vou me sujeitar a isso e ficar no cabresto de Alexandre de Moraes. Eu me licencio para representar os interesses dos meus eleitores, daqueles que votaram em mim."
Eduardo Bolsonaro afirmou, durante a entrevista à CNN, que teme possíveis retaliações por parte de Alexandre de Moraes, como o bloqueio das contas. Segundo ele, há a possibilidade de cancelamento de seu passaporte, bloqueio de recursos no Brasil e até um pedido de extradição.
No final de fevereiro, o parlamentar foi alvo de uma representação criminal apresentada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. A ação foi movida pelos deputados petistas Lindbergh Farias (RJ), líder da bancada na Câmara, e Rogério Correia (MG).
No documento, eles acusam Eduardo Bolsonaro de conspirar contra instituições brasileiras nos Estados Unidos e solicitam, entre outras medidas, a apreensão de seu passaporte.
PGR dá parecer contra apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se posicionou contra a apreensão do passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro. O parecer, assinado pelo procurador-geral da República foi enviado ao STF.
O documento responde a uma notícia-crime apresentada pelo PT e pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), na qual alegam que Eduardo Bolsonaro viajou aos Estados Unidos para articular com parlamentares norte-americanos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações sobre a tentativa de golpe.
No pedido, os autores da ação afirmam que o parlamentar teria cometido crime de lesa-pátria ao tentar constranger Moraes e o Judiciário brasileiro. O caso foi distribuído ao ministro Alexandre de Moraes no STF, que solicitou um parecer da PGR antes de tomar uma decisão.
Na manifestação enviada à Corte, Gonet afirmou que não há indícios mínimos que justifiquem a abertura de investigação ou a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro. O procurador argumentou que, diante da ausência de provas que sustentem as acusações, o caso deve ser arquivado.
Redação Catve.com, CNN Brasil e Agência Brasil
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