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Promotor aponta falhas no modelo financeiro do Hospital Regional de Toledo

José Moreira diz que a estrutura não garante sustentabilidade e defende subsídio público


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Promotor de Justiça José Roberto Moreira participou do programa "Acontece", na Rádio União, e comentou a situação financeira do Hospital Regional de Toledo.

O Hospital Regional vem enfrentando dificuldades para manter os pagamentos de funcionários, médicos, além de contratados via CLT e pessoas jurídicas. O acordo financeiro entre a direção e o governo do Estado também é alvo de divergências.

O Instituto Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), responsável pela gestão, afirma que o Estado teria se comprometido a repassar R$ 1,5 milhão mensais como subsídio, promessa feita na inauguração do hospital, em outubro de 2023. Contudo, esse compromisso não foi formalizado. Já o governo estadual nega a existência de subsídio e diz que o acordo previa pagamento por produção: compra de serviços conforme demanda, com valores de 150% da tabela SUS e 150% da tabela CLT por cirurgia eletiva realizada.

Segundo o promotor, nesse formato o hospital não consegue se sustentar.

"Ele não se sustenta economicamente. Com cerca de 70 leitos e 8 salas cirúrgicas, não é possível garantir volume suficiente. Para operar todas as salas a pleno vapor, seriam necessários pelo menos 200 leitos", afirmou Moreira.

Para ele, tanto o Estado quanto a União deveriam subsidiar o déficit atual.

"A tabela SUS hoje não está ruim, e o Estado paga mais de 150% para o prestador. Muitos procedimentos não geram prejuízo, mas também não dão lucro significativo. Sem volume, o modelo não fecha. Precisaria de subsídio público ou ampliação da estrutura para 150 a 200 leitos", explicou.

A situação já havia sido discutida em reunião convocada pelo Ministério Público há cerca de um mês, com representantes do poder público e da administração do hospital. Na ocasião, o Instituto Ideias apresentou um déficit mensal superior a R$ 1,5 milhão. A entidade reconheceu redução no repasse financeiro, disse que as causas do problema foram sanadas e garantiu estar trabalhando para normalizar atendimentos e pagamentos.

Ficou definido que uma nova reunião será realizada até a primeira quinzena de janeiro para reavaliar o cenário.

Confira detalhes no vídeo:


Reportagem de Patrícia Cabral | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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