O Paraná investiga o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol. A situação envolve um homem de 60 anos, morador de Curitiba, que foi levado ao hospital no dia 1º de outubro após ser atropelado. Durante o atendimento, ele apresentou agravamento de sintomas relacionados à ingestão de bebida alcoólica, levantando a suspeita de envenenamento por produto adulterado.
"Existe um caso internado de uma pessoa adulta de 60 anos de idade que, após a ingestão de bebida alcoólica, foi atropelado, recolhido ao hospital e está sendo tratado. No entanto, houve piora dos sintomas, o que gerou a suspeita de intoxicação exógena por metanol, bebida alcoólica adulterada", afirmou o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto.
A Secretaria da Saúde alerta para os sintomas da intoxicação por metanol, que podem variar de náuseas e tonturas até perda da visão, coma e morte. O secretário reforça a necessidade de verificar a procedência das bebidas, principalmente as destiladas vendidas fracionadas, em doses e drinks.
"Não se trata de vender o pânico, mas sim de recomendar cautela. Que possamos atravessar esse momento com o mínimo de pessoas atingidas e, quem sabe, sem nenhum caso confirmado no Paraná. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos", destacou Beto Preto.
No Brasil, dezenas de pessoas já apresentaram sinais de intoxicação. A gravidade levou o Ministério da Justiça a exigir que fabricantes e comerciantes apresentem notas fiscais para comprovar a origem dos produtos.
Segundo o secretário, o Paraná também aguarda definição do Ministério da Saúde sobre o envio de estoques de etanol farmacêutico, utilizado no tratamento de pacientes intoxicados por metanol.
A Vigilância Sanitária do estado intensificou as fiscalizações. A orientação é desconfiar de preços muito baixos e exigir a nota fiscal. Caso surjam sintomas suspeitos, a recomendação é procurar imediatamente uma unidade de saúde.
"O PROCON alerta que preço muito baixo é indício de irregularidade. E, se o comerciante se recusar a fornecer nota fiscal, trata-se de mais um sinal de que há algo errado", reforçou Sidney Calixto, diretor do PROCON de Foz do Iguaçu.
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Reportagem de Ana Reimann | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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