Uma situação preocupa os profissionais de saúde de Toledo: a dificuldade crescente dos agentes de combate às endemias em acessar os imóveis para vistorias de rotina. Mesmo com o aumento de casos de dengue e outras doenças, parte dos moradores simplesmente ignora a presença dos agentes.
"Na maior parte dos casos, a pessoa está em casa, mas não vem atender. Às vezes vemos movimentação, sabemos que tem gente, mas não nos recebem", relata a agente Andreza Ferras. O problema se intensifica nos dias frios, quando os moradores evitam sair de casa até mesmo para abrir o portão.
O desempenho das equipes varia conforme o bairro e até o quarteirão. Durante uma manhã de trabalho, Andreza conseguiu acessar 21 dos 29 imóveis visitados, pois sua rota incluía comércios. Já a colega Tânia Milan, que percorreu uma área residencial, teve acesso a apenas 16 dos 33 locais.
Segundo a supervisora do setor de endemias, Rosilene Santiago Duarte, regiões como Coopagro, Porto Alegre, Fachini, São Francisco e América apresentavam grande resistência, que tem sido vencida pouco a pouco com ações contínuas. Um dos obstáculos comuns é o horário de trabalho dos moradores, que deixa os imóveis fechados.
Além da dificuldade de acesso, a falta de informação ainda é apontada como a principal causa da epidemia de dengue no município. "É um cuidado constante. Pequenas situações, como um ralo esquecido, uma sacada ou uma planta com água acumulada podem gerar focos do mosquito", alerta Andreza.
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que os agentes também atuam com orientações sobre outras doenças, como zika, chikungunya, raiva e acidentes com escorpiões. A recusa no atendimento pode ter várias causas: desconfiança, desinformação ou problemas estruturais nos imóveis. Outro desafio frequente é a presença de cães soltos nos quintais.
Para quem não estava em casa no momento da visita, o Setor de Controle e Combate às Endemias disponibilizou um novo telefone para reagendamento: (45) 3196-3095 ou WhatsApp (45) 99133-6391.
Redação Catve.com com assessoria
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