Imagem: Catve
O São Lucas Hospital Center realizou a captação de dois rins, um fígado, globos oculares e um coração na manhã deste sábado (26).
Os órgãos foram retirados de um paciente, de 51 anos, que teve morte cerebral após um aneurisma no cérebro. A família, então, optou por realizar a doação, que pode salvar a vida de até sete pessoas.
A enfermeira Marizete Sueli Dalmora, que é coordenadora do Centro Cirúrgico, explica que a preparação para a captação não se resume a aparamentação dos profissionais, mas também com ao cuidado e respeito com a família.
A cirurgia é realizada com o apoio de diversos profissionais, sendo médicos, enfermeiros e residentes.
O fígado captado foi encaminhado à Uopeccan (União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer) e os demais órgãos foram levados até Curitiba em um voo comercial.
Atualmente, 2.596 pessoas aguardam na fila por um órgão no estado do Paraná. A decisão de doar muda histórias e salva vidas.
Quem pode ser doador?
De acordo com o Ministério da Saúde, existem dois tipos de doador. O primeiro é o doador vivo que, desde que não tenha a saúde prejudicada e concorde com a cirurgia, pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões. A compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos.
O segundo é o doador falecido, que pode ser qualquer paciente com diagnóstico de morte encefálica ou com morte causada por parada cardiorrespiratória. Nesse caso, o doador pode doar órgãos, como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino; e tecidos: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.
Como doar os órgãos?
No Brasil, a doação é feita por meio de autorização familiar. Para isso, é importante que a pessoa que tem interesse manifeste o desejo em vida. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera.
A lista única, organizada por estado ou região, é monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Após o diagnóstico de morte encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos e tecidos.
Não é preciso registrar a intenção de ser doador em cartórios, nem informar em documentos o desejo de doar. A doação consentida é a modalidade para a doação que mais se adapta à realidade brasileira.
Redação Catve.com
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