Arquivo Catve
Um macaco-prego, encontrado no Lago Municipal de Cascavel, foi submetido a exames para investigar uma possível infecção por varíola.
O animal, que pode vir a ser classificado como suspeito, foi levado na última segunda-feira (21) para atendimento no Centro de Apoio à Fauna Silvestre (CAFS) com uma pata quebrada, apresentou lesões suspeitas ao ser examinado por veterinários na quarta-feira (23).
As amostras estão em análise para confirmação da doença, mas, por precaução, o animal foi submetido à eutanásia.
Os alunos e trabalhadores que tiveram contato serão monitorados pela equipe de vigilância em saúde. A enfermeira da secretaria de saúde, Daiane da vigilância epidemiológica fez contato com as pessoas que tiveram contato durante o atendimento informando que serão monitorados. A CATVE teve acesso ao áudio com as orientações da profissional de saúde que alerta sobre a medida de prevenção. "Se tiverem algum sintoma de febre, dor no corpo, aumento nos gânglios linfáticos ou ainda lesões de pele vamos precisar realizar coleta de material".
Se o diagnóstico for confirmado, a situação pode indicar um risco maior, já que outros macacos que vivem na área verde do lago podem estar infectados.
No Lago Municipal, é comum que esses animais se aproximem de pessoas, uma vez que frequentadores do parque, mesmo com avisos de proibição, costumam alimentá-los.
O pior, muitos visitantes também levam animais de estimação a para o local.
Recentemente, a reportagem divulgou um vídeo em que um macaco-prego aparece segurando uma garrafa de cerveja retirada de uma lixeira próxima à pista de caminhada, demonstrando como esses animais vivem em contato direto com objetos manuseados por humanos.
A transmissão do vírus pode ocorrer pelo contato com secreções de animais infectados ou com objetos contaminados.
Apesar da gravidade do caso, a Vigilância Sanitária optou por não divulgar oficialmente a ocorrência para evitar alarde na comunidade.
A varíola dos macacos é uma doença viral que pode ser transmitida entre humanos e animais por meio do contato direto com feridas, fluidos corporais ou superfícies contaminadas. Nos últimos anos, a doença tem preocupado profissionais de saúde, principalmente pela facilidade de transmissão em ambientes urbanos.
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