Os dois jogadores envolvidos no caso de injúria racial prestaram depoimento à Polícia Civil de Guarapuava nesta segunda-feira (6). Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos. O zagueiro PV, que fez a denúncia e agrediu o meia Diego com um soco, escreveu que foi vítima de racismo, que não é a favor da violência, mas que parece que só assim eles (os racistas) sentem na pele. Ele espera que a justiça seja feita e que casos como esse não só no futebol sejam resolvidos e não julgados como vitimismo.
Diego Gustavo, 21 anos, disse que tudo vai ser esclarecido e que foi provocado antes. A justificativa não foi aceita pelo clube que ele defendia, o Batel, que entendeu que nada justifica um caso de racismo. A Federação Paranaense de Futebol vai encaminhar o caso para o Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. O Batel conseguiu a classificação dentro de campo para a próxima fase, mas corre o risco de ser excluído da competição. Esse será o pedido feito pelo advogado do Nacional.
O advogado revelou que Diego Gustavo, de 21 anos, vinha de uma punição para a disputa da Taça FPF. Esse ano ele jogou no Laranja Mecânica, na Segundona, ele fez esse gol de falta contra o Iguaçu na 5ª rodada, mas foi na partida contra o Toledo, na 9ª rodada, que ele deu problemas para a arbitragem. Foi substituído aos 39 minutos e desde então faltou com respeito ao quarto árbitro e aos 41 minutos recebeu cartão vermelho. Na saída continuou xingando e fazendo gestos para a equipe de arbitragem que estava trabalhando na partida e a fúria, até com quem estava na arquibancada, chamou até a atenção de quem trabalhava na transmissão da partida.
Depois da partida ele foi julgado pelo TJD e pegou alguns jogos de gancho pela agressão verbal.
Em Guarapuava o Batel estava confirmado a classificação para a segunda fase da Taça FPF com esse gol do zagueiro Vitão, ainda no primeiro, quando praticamente aos 41 minutos foi registrado um caso de injúria racial seguido de agressão. PV, o zagueiro e capitão do Nacional deu um soco em Diego, meio-campo do Batel. PV foi até o árbitro para comunicar um caso de racismo dentro de campo. Seguindo os protocolos da FIFA, Diego Ruan Pacondes da Silva imediatamente recebeu a denúncia de PV e fez o gesto antirracismo. A ação do jogador do Nacional foi uma reação ao que disse o atleta do Batel. O clube de Guarapuava disse que não concorda com casos de racismo, demitiu o atleta e disse que está colaborando com a investigação, as para o advogado essa posição não o livra da responsabilidade sobre o jogador.
Deivid Souza / Hora do Esporte
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