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Jogadores envolvidos em caso de racismo prestam depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (06)

Situação aconteceu durante partida entre Batel e Nacional pela Taça FPF


Imagem de Capa

Em Guarapuava, o Batel confirmava a classificação para a segunda fase da Taça FPF com o gol do zagueiro Vitão, ainda no primeiro tempo, quando, por volta dos 41 minutos do segundo tempo, foi registrado um caso de injúria racial seguido de agressão.

PV, zagueiro e capitão do Nacional, deu um soco em Diego, meio-campista do Batel. O episódio não chegou a se tornar uma confusão generalizada, mas gerou muita discussão.

Diego foi nocauteado e sofreu um corte na cabeça, sendo necessário acionar a ambulância. Extremamente irritado, PV foi até o árbitro para comunicar um caso de racismo ocorrido dentro de campo.

Seguindo os protocolos da FIFA, o árbitro Diego Juan Pacondes da Silva recebeu a denúncia de PV e fez o gesto antirracismo, cruzando os braços para sinalizar o ocorrido. A partida ficou paralisada por cerca de 18 minutos.

Segundo informações, a reação do jogador do Nacional foi motivada por algo dito pelo atleta do Batel.

Os dois jogadores envolvidos no caso prestaram depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (06) e foram liberados em seguida. Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos.

O Batel informou que o volante Diego, acusado de injúria racial, foi desligado de todas as atividades do clube e que a instituição vai colaborar com as investigações.

Já o zagueiro PV, que fez a denúncia e agrediu o rival com um soco, afirmou em uma publicação que foi vítima de racismo, que não é a favor da violência, mas que "parece que só assim eles, os racistas, sentem na pele". Ele disse esperar que a justiça seja feita e que casos como esse, não apenas no futebol, sejam resolvidos e não tratados como vitimismo.

Diego Gustavo, de 21 anos, declarou que tudo será esclarecido e que foi provocado antes do ocorrido. A justificativa, no entanto, não foi aceita pelo clube, que reiterou que nada justifica um ato de racismo.

A Federação Paranaense de Futebol repudiou o episódio e informou que os fatos ocorridos no sábado serão encaminhados e julgados pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná.

O Batel conquistou a classificação em campo para a próxima fase, mas corre o risco de ser excluído da competição.

"Vamos demonstrar que houve uma negligência sim do clube e existe uma responsabilidade objetiva do clube com relação a essa atitude e aí nós vamos pedir a eliminação nessa linha", afirmou Nixon Fiori, advogado do Nacional Esporte Clube.

Confira mais detalhes no vídeo:


Reportagem de Deivid Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA

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