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Terrão de Cascavel estreia com goleadas, resenha e a velha arte de lavar o uniforme em casa

As dez equipes foram divididas em dois grupos e as oito melhores avançam para as quartas de final


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Foto: Hora do Esporte

Você sabe qual é a primeira regra do Terrão? Não pode ter grama. Mas a competição é tão famosa que já decidiu sair do barranco também... e se aproveitar da situação.

A segunda regra é ter futebol raiz na veia. O goleiro Bode que o diga. Sem nenhum aparato diferente. Nada de manga comprida ou calça. É só a luva — e a coragem.

E o goleiro da Cia do Evento se joga, catimba, faz de tudo um pouco. Só depois do jogo é que lembra que, lá na casa dele, essa roupa limpinha quem lava é ele.

O time do Bode é bem competitivo no futebol amador de Cascavel — sintético, grama... está sempre nas cabeças. Já ganhou de tudo. Mas no Terrão não tem dessa, não. Aqui é diferente. E a Cia do Evento já tomou logo um 5 a 2 na estreia, para a equipe Alves — do bom camisa 9 Robson, que incomodou bastante.

Pelo menos fica registrado esse golaço do Jhony. Pegou na veia.
Depois foi a vez de acompanhar a estreia do maior campeão do Terrão de Cascavel. Há controvérsias, claro, mas ninguém quis gravar entrevista para contrariar os números. Então, por enquanto, ficamos assim.

O Treme-Terra tem oito conquistas. A preleção dos caras é em campo mesmo — em alto e bom som, para todo mundo ouvir. Quem não ouviu, fica sabendo agora.

E, para esta temporada, o Treme-Terra trouxe do profissional o jogador do FC Cascavel, lateral-esquerdo Paulo Vitor. Calma! Porque as aparências enganam: esse é o André.

Mas, se capricharmos na comparação, dá pra enganar sim. André, sósia do PV. Ou vice-versa. O Treme-Terra fez jus ao nome — como um terremoto, derrubou o Frutana, três vezes campeão do campeonato, por 5 a 1 na estreia. Mas também... o time tem a lenda do Terrão.

Buiú é o cara aqui na região norte. De novo: pode ter quem não concorde, mas o nome dele sempre vai ser lembrado quando alguém perguntar quem foram — ou quem são — os melhores por aqui. Ah, mas o Buiú já está velho, não é mais o mesmo... Então pega esse gol do veterano. E o homem é diferenciado até na comemoração. Buiú, a lenda. Nunca critiquei.

E tudo isso que a gente mostrou tem sempre uma galera de testemunha. Muita gente sai de casa pra ver o futebol de Terrão no domingo de manhã.

A cornetagem rola solta o tempo todo. Ninguém escapa — principalmente o juiz. O Fábio defende: isso não pode acabar nunca. Eu concordo. A Secretaria de Esporte de Cascavel garante: vai fazer um esforço tremendo pra não deixar morrer a tradição.

Mas entrar em campo, pelo jeito, não vai rolar, né, secretário Suco?!?! Melhor deixar pra quem sabe mesmo.

Deivid Souza / Hora do Esporte

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