Craque do Pato Futsal troca modalidade pela Kings League e acende alerta no futsal

A saída repentina do pivô Ton, do Pato Futsal para disputar a Kings League, de Fut7, evidencia um enfraquecimento do futsal brasileiro? Essa pergunta talvez seja um pouco precipitada nesse momento, mas acende o sinal de alerta no salonismo.

O que era para ser apenas um empréstimo, uma parceria do time paranaense com uma equipe do Fut7, se transformou em uma dor de cabeça.

Ton, pivô craque do Pato Futsal, foi convidado para vestir a camisa do G3X FC em duas partidas oficiais. Como vinha fazendo no Pato, arrebentou, fez dois gols no primeiro jogo e um hat-trick no segundo. Eleito o MVP, melhor jogador nas duas atuações, que não coincidiram com o calendário do Pato. Ton ficou entusiasmado com a oportunidade e o desempenho dele chamou muito a atenção, tanto que foi convidado para mais sete jogos na Kings League Brasil.

O Pato não aceitou um novo empréstimo porque precisava do jogador para competições oficiais, incluindo a Taça Brasil de Futsal, e o empresário de Ton avisou o clube que pagaria a multa rescisória e que ele não iria mais jogar pelo Pato. A troca do futsal pelo fut7, para o executivo do Pato, é um sinal de alerta.

O jogador foi campeão paranaense com o time paranaense no ano passado e artilheiro da Série Ouro, mas seduzido pelos altos valores ofertados na Kings League, decidiu trocar de quadra. A equipe do sudoeste se esforçou ao máximo para que ele ficasse, aumento de 70% no salário atual, por exemplo, mas não teve jeito.

Na chegada o G3X, Ton revelou que há muito tempo estava conversando com os empresários do fut7.

Ton não é o único a ser sondado e tantos outros já fizeram isso, mas a ponto de deixar o futsal para se transferir para o fut7 talvez seja o primeiro, quem sabe o pioneiro de um problema que o salonismo pode começar a enfrentar. Receio de muita gente envolvida com a modalidade. Para Daniel, a divisão brasileiro enfraquece a modalidade.

A Kings League é uma liga de futebol society idealizada pelo espanhol Gerard Piqué, em que as partidas têm regras diferentes das convencionais, com equipes capitaneadas por personalidades de destaque na internet. Craques do futebol incentivam a modalidade. Para Leco, jogador do Jaraguá, o futsal não vai acabar, claro, mas precisa evoluir rapidamente.

Patrícia Cabral - Hora do Esporte | CATVE