Nunca na sua história o Cascavel demorou tanto para soltar o grito de campeão. Chegou ao fim oito anos de espera, desde a última vez que a serpente chegou no topo em 2012.
Mas o roteiro dessa decisão é enorme e muita coisa aconteceu antes dessa comemoração toda. Então volta a fita porque vale a pena ver cada detalhe desse dia histórico.
O Cascavel entrou em quadra precisando da vitória no tempo normal e um empate na prorrogação.
O Umuarama venceu o primeiro confronto por 5 a 2 e a igualdade no placar bastava. Mas explicar a fórmula é muito mais fácil que jogar.
Pareceu mais um filme de drama, que começou a ser escrito por um jogador bem conhecido do torcedor cascavelense: o goleiro Alê Falcone. Bombardeado ele foi segurando a barra do Umuarama no primeiro tempo.
E sabe aquela chance de ouro capaz de mudar o fim da história? E essa chance dupla de Jorginho? Alê foi bem de novo.
É fato, que o Cascavel poderia ter saído do primeiro tempo com uma vantagem no placar, mas os times foram para o intervalo com o placar inalterado, do jeito que os visitantes planejaram.
No segundo tempo o drama se transformou em uma aventura para o Cascavel Futsal. O artilheiro do time na temporada decidiu ser decisivo e entrou com bola e tudo para fazer o primeiro gol da noite.
Mas como os times chegaram a final com o mesmo aproveitamento: 11 jogos, 9 vitórias, 1 empate e uma derrota, o Umuarama resolveu dificultar as coisas novamente.
Mas se alguém precisava mudar essa conta, esse era o Cascavel. O ponto de equilíbrio do Umuarama, o experiente pivô Augusto, foi justamente o que desiquilibrou a parada, mas a favor do Cascavel.
Ele já tinha tomado um cartão amarelo aos quatro minutos do primeiro tempo por essa falta em Carlão.
Mesmo com vantagem numérica o Cascavel só conseguiu o segundo quando o Umuarama já se preparava para se recompor. Gol que deu tranquilidade ao time da casa para construir a goleada no tempo normal.
Era tudo que o Cascavel precisava. E nesse roteiro imprevisível entre Cascavel e Umuarama prorrogação tem sinônimo de protelar a emoção e mais um pouquinho de dramaticidade. Placar zerado nos primeiros cinco minutos.
Mas um bom filme deixa reservado mesmo o melhor para o final, mas nem sempre surpreende o espectador, fez 1 a 0 e liquidou a fatura.
Que explosão. Tradição e show em quadra. Agora sim narrador, você também pode voltar a dizer que o Cascavel é campeão de novo.
Roni foi às lágrimas, choro de quem chegou no auge de sua história como jogador do Cascavel. Foi difícil mesmo segurar a emoção. Cinco vezes campeão da Série Ouro o técnico Nei Victor teve que se contentar em ficar pela quinta vez na carreira com o vice-campeonato.
O hexa é do Cascavel, comandado por Cassiano Klein em seu segundo ano com a camisa tricolor.
Título, Carlão artilheiro com 13 gols e Deko, goleiro menos vazado. Prêmios merecidos. Especial, histórico, épico, são adjetivos que podemos utilizar para encerrar essa reportagem em um dos principais palcos do salonismo brasileiro, o ginásio da Neva.
2003 - Ginásio da Neva
2004 - Ginásio da Neva
2005 - Ginásio da Neva
2011 - Ginásio da Neva
2012 - Ginásio Ney Braga - Marechal
JC1
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