O crescente número de problemas com moradores de rua em Cascavel (PR) tem gerado grandes desafios para comerciantes, que, além de lidarem com questões econômicas, enfrentam agora a insegurança proporcionada pela presença de pessoas em situação de vulnerabilidade nas imediações.
Nesta segunda-feira (31), mais dois comerciantes entraram em contato com o Portal Catve.com para relatar a preocupação e a dificuldade de manter a rotina de trabalho. Juarez Weber, proprietário de um comércio no Camelódromo da Avenida Carlos Gomes, compartilhou com o portal um vídeo da câmera de segurança que registrou o momento em que um homem em situação de rua entrou no espaço armado com um pedaço de pau.
Segundo Weber, o homem tem sido uma presença constante na região e, além de fazer ameaças, frequentemente xinga tanto os trabalhadores quanto os clientes. O comerciante, apesar de relatar a sensação de insegurança, fez questão de destacar a visão sobre a situação: "Jamais vou estar falando mal desse povo. São seres humanos. Precisam de ajuda", afirma.
Além de Weber, Francini Schneider, empresária do ramo de roupas no Centro de Cascavel, também relatou episódios de tensão envolvendo moradores de rua. Recentemente, ela conseguiu registrar a ação de um homem desorientado que se aproximou e pediu dinheiro.
A situação ocorreu em um sábado, quando Francini já estava se preparando para fechar o estabelecimento. "Sorte que tinha uma cliente comigo, fechamos a grade e travamos embaixo", detalha.
No entanto, a situação se agravou quando o morador de rua, ao ser informado de que não receberia dinheiro, fez uma ameaça verbal a Francini: "Você é uma menina nova pra morrer, sabia?", disse ele.
A comerciante relatou ainda que, quando outros moradores de rua estiveram perturbando o trabalho na loja em ocasiões anteriores, ela entrou em contato com a equipe da Prefeitura. Embora os agentes municipais tenham ido até o local e informado o nome dos envolvidos, Francini deixa claro a frustração.
"Mas eu não quero saber qual é o nome deles, quero que retirem da minha porta para a gente poder trabalhar", desabafa. A pressão aumentou após a morte de Luis Lourenço agredido até a morte por um cidadão que vivia nas ruas cometendo crimes.
Gabi Lira/Catve.com
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