Paraná registra muitas apreensões de canetas emagrecedoras nos últimos dias

O acesso fácil às canetas emagrecedoras faz com que as pessoas se descuidem tanto em relação à compra, à comercialização e ao transporte desses medicamentos quanto à aplicação.

Distribuição, fabricação, comercialização, importação, propaganda e transporte desse tipo de medicamento sem registro na Anvisa são proibidos.

A apreensão de canetas emagrecedoras tem sido frequente porque, segundo a Receita Federal, o transporte e a comercialização configuram crime de descaminho e descumprem normas sanitárias. O maior ponto de apreensão é na região de fronteira.

"A gente já apreendeu, neste ano de 2025, uma quantia expressiva. Já temos mais de um milhão e duzentos reais apreendidos em medicamentos, com destaque para esses produtos, essas canetas emagrecedoras", afirmou Antônio Carlos de Almeida, delegado da Receita Federal de Cascavel.

Segundo a especialista em nutrologia Fernanda Sales, o acesso fácil e desregrado faz com que a utilização dessas canetas se torne perigosa. E, para que esses medicamentos cheguem até o consumidor de maneira irregular, os contrabandistas desafiam a fiscalização.

Foram 276 frascos escondidos em uma panela elétrica, que estava no meio de encomendas aéreas no aeroporto de Foz e tinha como destino Aracaju.

Canetas de emagrecimento foram apreendidas no aeroporto de Cascavel, escondidas em malas e até nos corpos dos passageiros.

E que tal usar o porta-malas de um táxi? Neste caso, mil frascos de canetas emagrecedoras sem a substância foram apreendidos na Ponte da Amizade, com um chileno que estava com documentação argentina.

Quando usados dentro das normas e recomendações, esses medicamentos podem ser aliados eficazes. Recentemente, a Organização Mundial da Saúde passou a recomendar as chamadas canetas emagrecedoras como parte do tratamento de longo prazo da obesidade.

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